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Chapéu
O Sindicato é feito de pessoas

Tita Dias: ‘Vivi momentos que estão presentes até hoje na minha mente’

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Tita Dias, mulher branca, de cabelos compridos e óculos

“Recebi um folheto no banco em que trabalhava que dizia: ‘bancário, lute por seus direitos!’. Procurei a direção do Sindicato e me disseram que a campanha estava encerrada. Desci, encontrei um grupo discutindo algo em uma rodinha e perguntei sobre o abaixo-assinado, me disseram que era deles, assinei e comecei a fazer parte da oposição sindical.”

Foi assim o início da história de Tita Dias no Sindicato dos Bancários de São Paulo, ex-dirigente sindical que tinha como companheiros Luiz Gushiken, Augusto Campos, Gilmar Carneiros (ex-presidentes da entidade), na época integrantes da oposição bancária.

Ela é a personalidade do episódio desta quinta 15, da série O Sindicato é feito de pessoas.

Tita Dias se recorda dos sonhos e ideais da juventude e da coragem para os embates, das lutas difíceis que enfrentavam, da truculência da direção sindical na época e da união e garra dos companheiros como Rui Sá, Sandra Costa, Gushiken, Luizinho e Augusto Campos.

Das grandes greves, Tita Dias recorda a mobilização dos anos 1979, da força e disposição de luta dos bancários e das conquistas como a desvinculação do piso da categoria em relação ao salário mínimo nacional.

Além disso, Tita fala das reinvindicações específicas das mulheres após a criação de um departamento feminino no Sindicato, sendo o primeiro no Brasil. Naquela época, as bancárias lutavam pelo direito de usar calça dentro dos bancos, de ser mãe e continuar trabalhando após a maternidade, além da luta contra o machismo e contra a repressão militar no início dos anos 1980.

Um dos pontos altos da entrevista foi quando Tita Dias, bastante emocionada, relembra da intervenção do Sindicato em 1983. Ela comenta como ocorreu a prisão da direção da entidade, da forte repressão militar revirando os arquivos e armários da imprensa, onde ficava a redação da Folha Bancária. Conta ainda que foi a única mulher presa na sede da Polícia Federal e recorda da publicação da Folha Bancária denunciando a prisão e a intervenção do Sindicato.

Tita Dias fala também sobre o encerramento de sua participação na diretoria do Sindicato após ser demitida pelo Banco Real por conta da prisão na intervenção. E ainda da concretização de sua luta ao ver finalmente uma mulher na presidência do Sindicato, primeiro por Juvandia Moreira, e em seguida por Ivone Silva e pela presidenta atual, Neiva Ribeiro.

Canal no Youtube

Assista a íntegra da entrevista no canal do Sindicato no YouTube. Assista também aos demais depoimentos da série O Sindicato é feito de pessoas. E assista aos episódios da série História em Pílulas.

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