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Chapéu
Campanha dos Bancários 2024

Consulta Nacional quer saber se há sequelas pós-Covid na categoria

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Imagem mostra uma pessoa de terno e gravata usando luvas

Por meio da Consulta Nacional, que pode ser respondida neste link, os bancários poderão indicar quais são as prioridades da categoria para a Campanha Nacional dos Bancários 2024, que já começou.

Os participantes poderão informar, em uma das perguntas, se houve sequelas em decorrência da Covid-19. O dado é relevante porque a atividade bancária foi considerada como essencial durante a pandemia.

Em face da decisão do governo vigente no período da pandemia, o movimento sindical bancário atuou fortemente para proteger as vidas dos trabalhadores bancários.

Desde os primeiros momentos em que os números de infecções e mortes passaram a ocorrer no Brasil, em março de 2020, o Sindicato e o Comando Nacional dos Bancários rapidamente se adequaram e abriram negociação com os bancos, o que possibilitou manter mais de 200 mil trabalhadores em home office, além da implantação de outras medidas para proteger os bancários; da conquista de reajustes no salário e na PLR; e ainda no compromisso dos bancos de assinar a Convenção Coletiva de Trabalho e Acordos Coletivos de trabalho com cláusulas que regulamentaram o home office.

“Diante da condução desastrosa do governo passado durante a pandemia, marcada por negacionismo e atraso na compra de vacinas, o que resultou em mais de 700 mil mortes, das quais 400 mil poderiam ter sido evitadas, segundo especialistas, o Comando Nacional dos Bancários negociou com os bancos acordos para proteger as vidas dos trabalhadores, o que salvou muitas vidas”, lembra Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato.

“Este é um exemplo da importância do Sindicato. Mas precisamos saber se a categoria ainda sofre de sequelas pós-Covid para que possamos reivindicar dos bancos melhorias nas condições de trabalho e ampliar direitos para estes trabalhadores. Por isto, é muito importante responder à consulta”, acrescenta a dirigente.

Números da covid longa

Não existe um número consolidado dos que sofrem com sequelas no Brasil. Considerando as estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a incidência de covid longa entre os curados, as sequelas persistentes de covid-19, que envolve uma lista de mais de 200 sintomas, podem estar acometendo a vida de 2,8 milhões a 5,6 milhões de pessoas no Brasil, grupo que representa 10% a 20% de infectados que se curaram.

Pesquisa conduzida na Faculdade de Medicina da UFMG com 290 empregados da universidade mostra que os sintomas cognitivos estão entre as sequelas mais frequentes em pacientes com síndrome pós-covid-19, entre as quais se destacam dificuldade para encontrar a palavra certa (18,6%), problemas de memória (18,3%), problemas de concentração (17,2%) e dificuldade para pensar claramente (10,3%).

A depressão e a ansiedade também são comuns, com maior probabilidade de ocorrência em mulheres. Situações como cansaço (11,7%), ansiedade (10,3%), lembrança negativa do episódio de covid-19 (8,6%), desinteresse generalizado (7,2%) e falta de ânimo (7,2%) foram levantadas entre os entrevistados via questionário.

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