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Bancos podem dar reajuste maior, dizem bancários

Linha fina
Funcionários do BB no centro da capital dizem que greve está forte e que continua até vir proposta melhor
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São Paulo – Na região central da cidade o clima de otimismo se mantém entre os bancários nesta quarta-feira 22, 17º dia de greve da categoria. “Dá para aumentar esse índice, tem condições. Agora o 'negócio' está andando, fez efeito termos continuado em greve”, comentou um funcionário do Banco do Brasil sobre a proposta de 8,75% feita pelos bancos na quarta-feira 21. A negociação entre o Comando Nacional e a federação dos bancos (Fenaban) continua na sexta 23.

> Bancários parados no 17º dia de greve

Outros dois funcionários do BB acreditam que o desfecho das negociações será o mais positivo dos últimos anos: “Acho que está melhorando, a mudança nas propostas de um dia para o outro significa que podem aumentar mais. É um sinal de que eles estão sentindo o impacto da paralisação”.

O índice proposto reforçou a indignação dos trabalhadores, mas também mostrou a força da mobilização. “Também é ridícula essa proposta. Tem que continuar mais um pouco para melhorar. É o único setor que lucrou mais do que no ano anterior”, apontou outro trabalhador do BB.

“Tá difícil, mas esperamos que tudo se resolva logo e com coisas boas para nós. Acho que ainda dá para brigar por mais”, disse um colega de banco. “Esse índice de 8,75% ainda é muito baixo, eles estão enrolando porque não querem dar nada”, criticou outro funcionário.

A luta dos trabalhadores conta também com o apoio de bancários aposentados como Edson Devezi, que foi funcionário da extinta Nossa Caixa. “Essa proposta não reflete a economia do país. Os patrões mais uma vez desprezam os trabalhadores, faz muitos anos que eles agem sem consideração alguma com a gente. É um desrespeito deles não só com a categoria, mas também com a população, principalmente a de baixa renda. É uma luta muito justa”, afirmou.

Devezi reforçou ainda que outras reivindicações como o fim do assédio moral e da  cobrança abusiva de metas não podem ser esquecidas. “Muitos bancários me procuram pedindo conselhos por conta do assédio moral, sem saber o que fazer, eles têm medo de denunciar por conta das perseguições e demissões. Hoje as coisas são melhores por conta da ação dos sindicatos, mas muitos não denunciam”, completou.


Luana Arrais – 22/10/2015
(Atualizado às 20h53)
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