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Banco do Brasil é condenado por assédio moral

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Justiça acatou denúncia de superintendente regional do Ceará sobre mecanismos cruéis de pressão e cobrança de metas praticados pelo banco
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São Paulo – A juíza Luciana Jereissati Nunes, da 11ª Vara do Trabalho de Fortaleza, concedeu sentença favorável a um ex-superintendente regional do Banco do Brasil que denunciou à Justiça vários mecanismos de pressão e cobrança de metas, além da existência de uma “lista negra” para futuros descomissionamentos dentro do BB. Tudo colocado em prática pelo Superintendência do Ceará. Em seu despacho, de 7 de janeiro, a magistrada determinou o pagamento de indenização ao ex-superintendente no valor de R$ 300 mil por danos morais.

Segundo as denúncias do bancário, após sofrer inúmeras formas de assédio moral, foi pressionado a se aposentar em março de 2013. De acordo com ele, em carta apresentada à direção e divulgada na área interna do BB, era forçado a fazer avaliações tendenciosas, levando alguns colegas a também se aposentarem ou receberem punições indevidas. Tudo com o aval da Super do CE.

Inconformado com a situação e a falta de apuração devida pelo BB, o ex-superintendente regional acionou a Justiça que chegou, inclusive, a divulgar documentos que comprovam a existência de uma “lista negra” dentro do banco. Da relação, constam os nomes de pelo menos 41 gerentes apontados como “as potenciais vítimas” de assédio, pressão e descomissionamentos.

A relação, usada como prova no caso do bancário, contém nomes de gerentes com mais de 50 anos de idade e com mais de 30 anos de banco e que seriam pressionados a se aposentarem ou, caso contrário, seriam transferidos para agências de nível inferior ou, até mesmo, seriam descomissionados.

“A condenação do BB nesse caso demonstra que o assédio é adotado pelo BB para atingir os resultados. O assédio virou prática de gestão e atinge todos os trabalhadores, inclusive superintendes e gerentes gerais” avalia o dirigente sindical João Fukunaga.  “O reconhecimento do assédio a esse superintendente é mais um instrumento na luta pelo fim do assédio moral. Os trabalhadores atingidos não devem se isolar. Procurem o Sindicato e denunciem.”


Redação com informações do Sindicato dos Bancários do Ceará – 15/1/2015

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