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Bancos públicos reforçaram crédito em 2014

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Balanço divulgado pelo BC reforça importância das instituições financeiras estatais nos investimentos para o desenvolvimento do país
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São Paulo – Mais um dado reforça a importância dos bancos públicos para o desenvolvimento do Brasil.

De acordo com dados do Banco Central, o crédito direcionado, aquele que financia a casa própria e a agricultura, por exemplo, e é responsável por 48% dos empréstimos no país, aumentou 19,6% em 2014.

De todos os empréstimos concedidos, 53,4% tiveram participação das instituições financeiras estatais em dezembro de 2014. Em dezembro 2013 foram responsáveis por 51,2% dos empréstimos. Em 12 meses, o crédito nos bancos públicos cresceu 16,5%, enquanto nos privados nacionais subiu 6,4% e nos estrangeiros, 4,5%.

“Ou seja, quando se fala numa possível abertura de capital da Caixa, está se colocando em risco não só o atendimento à população ou os serviços prestados pelo banco público, como o pagamento de programas sociais. O país todo perde quando um banco passa a atender os interesses do mercado, que se preocupa mais com o retorno aos acionistas que com o crédito que ajudar a economia a se desenvolver”, afirma o diretor executivo do Sindicato, Dionisio Reis, funcionário da Caixa. “Um banco 100% público, além do volume de crédito, garante agilidade e eficiência como instrumento de política de Estado. Exatamente como foi em 2008, quando a Caixa saiu na frente com a redução do juros e outros bancos públicos por terem economia mista não conseguiram ser tão ágeis em seguir as determinações do governo.”

Operações – A demanda por crédito, caiu, diante da atividade econômica mais fraca. Mesmo assim, o valor total da carteira de crédito do sistema bancário – operações com empresas e consumidores – cresceu 11,3% em 2014, mas essa é a menor variação desde 2007. Para ter ideia da diferença, em 2008 essa carteira chegou a subir 31%.

Para Dionisio, esse é outro dado que aponta a contradição das medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que elevaram a tributação sobre operações de crédito (IOF), cosméticos, combustíveis e produtos importados, sem falar na alta da taxa oficial de juro, a Selic. “São medidas que afetam diretamente os trabalhadores e o consumo e podem gerar queda ainda maior na demanda, colocando em risco a economia brasileira”, critica o dirigente.

Apesar desse quadro, os empréstimos dos bancos bateram a casa do R$ 3,02 trilhões, valor inédito. Isso significa que, na comparação com o PIB (Produto Interno Bruto), o crédito passou de 56%, em 2013, para 58,9% em 2014.

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Cláudia Motta – 27/1/2015

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