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Novas frentes de luta pela Caixa 100% pública

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Uma, composta por parlamentares, recolherá assinaturas junto aos deputados e senadores. Outra, com sindicatos e movimentos sociais, farão campanha para explicar a importância de o país manter a instituição da forma como está
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São Paulo – Ampliar o movimento contra a abertura de capital da Caixa junto ao Congresso Nacional, assembleias legislativas, prefeituras e demais segmentos da sociedade. Esse é o principal objetivo de empregados, dirigentes sindicais, parlamentares e integrantes de movimentos sociais que se reuniram durante Ato em Defesa da Caixa 100% pública nesta quarta 25, em Brasília.

O evento, organizado pela Fenae (Federação Nacional de Associações de Pessoal da Caixa) e Contraf-CUT, ocorreu das 9h às 17h, na Câmara dos Deputados, e teve como resolução a criação de frentes de luta para ampliar o debate na sociedade. Uma delas composta por parlamentares de vários partidos que recolherá assinaturas junto aos deputados e senadores para que a Caixa permaneça 100% pública. Outra, integrada por sindicatos e movimentos sociais para fazer ampla campanha junto a deputados estaduais e prefeituras para explicar a importância de o país manter a instituição da forma como está.

Jair Ferreira, presidente da Fenae, avalia que o encontro foi muito positivo e serviu para unir forças em defesa da instituição. “A característica da Caixa é de implantar as políticas sociais do governo, como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida, e financiar a agricultura familiar, o pequeno empresário. Uma função que só será possível se permanecer sem a interferência do mercado.”

O ato, que também teve exposição de economistas do Dieese sobre a importância do papel da Caixa no desenvolvimento do país, contou com a participação de parlamentares e representantes das centrais sindicais CUT, CTB, Intersindical e Conlutas, além de dirigentes sindicais e integrantes de associações de empregados da ativa e aposentados, movimentos sociais e do Fórum Nacional de Reforma Urbana.

Também foi criada uma coordenação nacional em defesa do banco público – composta por representantes da Fenae, Contraf e centrais sindicais – que terá a atribuição de propor calendário de manifestações.

No encerramento do evento, os participantes repudiaram atitude da presidência da Câmara dos Deputados de alterar o local do ato sem aviso prévio. Fato que gerou grande confusão e indignação entre as pessoas.

Dia Nacional de Luta – O diretor executivo do Sindicato Dionísio Reis, que também participou da manifestação em Brasília, afirma ser essencial que os empregados de todas as unidades do banco público participem da mobilização e convoca todos para o Dia Nacional de Luta nesta sexta 27.

“A Caixa 100% pública é uma conquista, em primeiro lugar, dos trabalhadores que têm de se manter unidos e firmes contra a abertura de capital. Uma medida que apenas fragilizaria a empresa, podendo deixa-la exposta à privatização. Por isso é essencial que todos os trabalhadores e a sociedade se mobilizem para que o banco continue integralmente público”, afirma Dionísio.

Em São Paulo haverá manifestações com leitura de manifesto em agências e concentrações da capital e de Osasco.


Jair Rosa – 25/02/2015

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