Pular para o conteúdo principal

Ato pede valorização das mulheres no BB

Linha fina
Pausa obrigatória de 15 minutos também foi lembrada pelas bancárias que participaram da mobilização
Imagem Destaque

São Paulo - O dia foi de mobilização por mais espaço para as mulheres no Banco do Brasil. O Sindicato promoveu, na quinta 12, um ato no complexo São João do BB, no centro de São Paulo, para pedir equidade no acesso à cargos de alta direção. Com faixas e cartazes os dirigentes ouviram das bancárias relatos da falta de perspectiva que encontram na instituição financeira.

“Somos quase metade dos trabalhadores aqui, mas as oportunidades não são para todos. Estou há cerca de treze anos no banco e alguém quer me promover? Não, já até desisti”, comentou uma bancária. Segundo dados de 2014 divulgados pelo próprio BB, elas são 42% da mão de obra do banco, mas ocupam apenas 35% dos cargos com funções gerenciais. Isso ocorre mesmo com a implantação de um programa pró-equidade no banco. Até o ano passado, não havia uma única mulher na alta direção da empresa, o que mudou apenas há algumas semanas com a nomeação de uma executiva para a gerência do BB Private. “Isso sempre foi assim, o banco não evoluiu”, lembrou a bancária. Somam-se a isso os salários menores que as trabalhadoras ganham. No geral, elas recebem 77% da remuneração média dos homens na categoria.

E está diferença é percebida por todos os trabalhadores, incluindo os homens. “Nós damos total apoio, é muito estranho elas serem minoria nesses cargos”, apontou um bancário ao comentar que só vê mulheres chegaram a cargos de ‘média” direção. As bancárias também reclamam que quando aparecem oportunidades de subir de posição o BB surgem impasses que dificultam a posse desses cargos, como a exigência de mudança de cidade.

“Pesquisas mostram que as mulheres, em geral, chegam a estudar mais que os homens. Então por que não chegamos nestes cargos? Não somos competentes? Na hora de pensar a estratégia do banco ele não nos ouve”, ressaltou a diretora do Sindicato, Silvia Muto.

Além disso, as funcionárias do BB também foram prejudicadas com a pausa obrigatória de 15 minutos, que passou a ser executada após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), no final de 2014. “Como você transforma um direito em uma obrigação?”, questionou uma bancária durante o ato. Os dirigentes lembraram aos trabalhadores que nos dia 16 e 17 irão se reunir com o banco para discutir a situação.


Luana Arrais – 12/3/2015

seja socio

Exibindo 1 - 1 de 1