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Sindicato marca presença no Itaú BBA

Linha fina
Dirigentes conseguem romper resistência histórica à presença do movimento no local e dão seu recado sobre eleição de nova Cipa
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São Paulo – No Itaú BBA trabalham cerca de 2 mil pessoas. Apesar do número expressivo de bancários, a concentração é conhecida por ser uma zona de resistência à atuação do movimento sindical. “Temos muita dificuldade para entregar a Folha Bancária e para dialogar com os funcionários porque não nos permitem o acesso ao interior do prédio. O que é um desrespeito ao direito de organização e sindicalização dos trabalhadores”, diz a diretora do Sindicato e funcionária do banco Valeska Pincovai.

Mas essa resistência foi rompida na terça-feira 17, primeiro dia da eleição para representante dos bancários na Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), que ocorre até quarta 18. “No final da tarde de segunda (16) fomos avisados que não poderíamos entregar panfletos nem entrar para acompanhar a votação. Mas hoje (terça 17), por volta das 7h, estávamos no local, entramos no hall do condomínio, armamos nosso som, mesmo com muitos seguranças ao nosso redor, e garantimos que nossas propostas para a Cipa fossem ouvidas por todos os trabalhadores do IBBA”, conta Valeska.

O IBBA fica em um condomínio chamado WTorre, em Pinheiros, zona oeste da capital. “Os funcionários ficaram surpresos com a nossa presença, e muito satisfeitos porque se sentiram representados por seu Sindicato”, acrescenta a dirigente.

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Ela relata que a eleição da Cipa iniciou somente às 11h, por conta de atraso dos técnicos de segurança do trabalho, mas transcorreu normalmente durante o resto do dia, com dois dirigentes sindicais acompanhando o processo. “Eles autorizaram a entrada de dois, apesar de termos reivindicado que todos os dirigentes que estavam no local entrassem no prédio, como é nosso direito”, reclama.

Valeska critica o fato de a Área de Relações Sindicais do Itaú alegar que o IBBA tem RH independente do Itaú, e questiona: “Como pode se os dois CNPJS foram unificados e não existe mais BBA, somente o Itaú?”

Ela aposta que é o receio da atuação do Sindicato que está por trás disso. “O que fica bem claro é o medo do banco de entrarmos no local para conversar com os trabalhadores, falar dos direitos deles e mostrar que eles têm um sindicato forte e atuante para representá-los.”

E avisa: “Isso não vai parar por aqui, não queremos somente participar de Cipa, queremos o nosso livre acesso ao prédio como já é feito em outros locais de trabalho. O Itaú não pode impedir isso”.


Andréa Ponte Souza – 17/3/2015

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