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Sindicato cobra Itaú sobre problemas no ITM

Linha fina
Em reunião com representantes da instituição, dirigentes sindicais cobraram soluções contra demissões, falta de segurança, transferências unilaterais e desrespeitos às pausas de descanso dos bancários de call center; banco se comprometeu a apresentar respostas às demandas
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São Paulo – O Sindicato cobrou respostas do Itaú para uma série de problemas enfrentados pelos bancários do ITM. Em reunião na quarta-feira 25, foram discutidas recentes demissões, transferências de funcionários para Poá, insegurança crônica nas redondezas do centro administrativo, recusa por parte do banco em emitir Comunicação de Acidente de Trabalho e desrespeitos, também cometidos pela instituição, à norma do Banco Central. O banco se comprometeu a analisar e dar resposta a todas as questões.

Desde o final de fevereiro, diversos bancários da Gerência de Intercâmbio e Autorização de Cartões foram demitidos. Alguns ouviram que não seriam desligados se aceitassem a transferência para Poá. Outros foram deslocados unilateralmente e sem aviso prévio. Para estes foi dito que não seriam dispensados se aceitassem a mudança para a cidade que faz fronteira com o extremo da zona leste da capital – o ITM fica na zona oeste de São Paulo, a dezenas de quilômetros daquele município.

“O Itaú não levou em conta quem tinha filho na escola, quem mora na zona oeste, inclusive duas bancárias não aguentaram e foram desligadas, sendo que vários trabalhadores do ITM moram em Poá e têm interesse em trabalhar na cidade”, relata o dirigente sindical Antônio Soares, o Tonhão. “Além disso foi transferido para essa mesma cidade um cipeiro eleito, com estabilidade, só que para a Itaucard, o que não é permitido, porque é outra empresa e ele foi eleito cipeiro do Itaú”, acrescenta.

Insegurança – Na reunião também foram cobradas melhorias na parte externa do prédio, onde é notória a falta de segurança – diversos bancários já foram vítimas de assaltos e sequestros relâmpagos nas redondezas. “Questionamos também a recusa do banco em emitir as Comunicações de Acidente de Trabalho [CATs] para bancários que foram sequestrados”, relata Tonhão.

A CAT registra um acidente de trabalho – como é o caso de um assalto ocorrido no deslocamento ou no ambiente de trabalho. O documento é importante para que o INSS reconheça que uma eventual doença ocasionada pelo trauma – como uma síndrome do pânico, comum nesses casos – tenha sido originada durante a jornada profissional e, dessa forma, custeie o salário da vítima durante um possível afastamento.

Call center – A questão da aderência (tempo de permanência logado no sistema) imposta aos bancários de call center também foi abordada. Eles eram obrigados a se manter concectados durante 92% da jornada. Este tempo baixou para 86%, entretanto agora o controle está muito mais rígido e o período gasto pelos funcionários para irem ao banheiro, ambulatório, reuniões com gestores, ou ainda devido a erro sistêmico, é considerado como pausa dos operadores e impacta na aderência, o que frequentemente acarreta em penalizações.

“Neste caso o banco ficou de acionar a superintendência para que reveja essa mudança”, informa Tonhão.

Atendimento PJ – Além disso, ainda foi cobrada apuração de denúncias de bancários das centrais de atendimento PJ. Elas apontam que funcionários sem a certificação CPA 10 estão efetuando operações de investimento, contrariando norma do Banco Central.

“O banco também ficou de verificar essa questão e, se for o caso, irá solicitar da área que determine a certificação. Por isso é importante que os bancários nos mantenham informados e enviem suas denúncias pelo site do Sindicato (clique aqui e escolha o setor "site"). Vamos continuar acompanhando todas essas questões e esperamos que o banco apresente respostas favoráveis aos trabalhadores”, afirma Tonhão.

CAT – Na mesma reunião também foram levantadas denúncias relativas ao Centro Administrativo Tatuapé (CAT), como fim da sobrecarga de trabalho no Telebloqueio; revisão da cobrança de metas e penalizações geradas pela aderência; e enquadramento de função dos operadores da Mesa de Precificação Personnalité e Uniclass para analistas. O banco ficou de analisar essas questões e se comprometeu a dar retorno.


Rodolfo Wrolli – 26/3/2015
(Atualizada às 15h57 de 30/3/2015)

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