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Sindicato e delegados firmes na defesa da Caixa

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Reunidos por regionais da entidade, empregados reforçaram a importância de fortalecer a campanha contra a abertura de capital, entre usuários nas agências e entre os próprios bancários
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São Paulo – O Sindicato promoveu reunião de delegados sindicais da Caixa em cinco regionais da entidade para discutir a mobilização pela Caixa 100% pública. A tônica dos encontros foi a necessidade de intensificar a campanha contra qualquer ameaça de abertura de capital do banco e de defender o papel social do banco, fundamental para o país.

“Uma questão importante destacada foi que a luta pela Caixa 100% pública deve se manter, independentemente de qualquer declaração que sair na imprensa. Neste primeiro momento queremos uma declaração oficial do governo federal de que não abrirá o capital do banco, uma declaração aos empregados e à sociedade brasileira. Mas essa luta não para por aí, porque a pressão por privatizações voltou com força ideológica e midiática no país”, relatou o diretor executivo do Sindicato e empregado da Caixa Dionísio Reis.

Os delegados fizeram uma análise de conjuntura e ressaltaram que o pensamento de defesa do Estado mínimo e das privatizações, que tinha se arrefecido nos últimos 12 anos, se reacendeu no Brasil, e que é preciso combatê-lo permanentemente. “Eles lembraram que a Caixa já esteve ameaçada no passado, nos governos do Fernando Henrique Cardoso, e poderá voltar a ser ameaçada. Assim como a Petrobras, que passa hoje por um ataque com o objetivo de justificar sua privatização. Por isso destacaram que a campanha tem de ser constante”, disse o dirigente.

Os empregados também reclamaram da postura de certos gestores quando o bancário aborda usuários sobre o assunto. “Segundo eles, algumas chefias não compreendem e têm apresentado resistência à campanha nas agências. Foi tomada a decisão de que, diante de reações como essa, eles fariam o diálogo com o gerente, mas se a resistência se mantiver vão chamar o Sindicato na agência para fazer o debate.”

Os bancários lembraram ainda que há ameaças ao papel público da Caixa no dia a dia. “Quando o atendimento da agência prioriza clientes e negócios, por exemplo, essa é uma prática que ameaça esse papel do banco, que tem de continuar sendo eminentemente social.”

Segundo Dionísio, foram tiradas as seguintes propostas: os delegados se dispuseram a coletar assinaturas de clientes, usuários e empregados pela manutenção do caráter 100% público da instituição financeira; a entregar carta à população; e a trabalhar com botons da Caixa 100% pública e distribuí-los, juntamente com adesivos, para clientes e usuários, para massificar a campanha.


Andréa Ponte Souza – 27/3/2015
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