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Desvalorização de escriturários no Bradesco

Linha fina
Sindicato cobra que banco implante de fato um plano de carreiras e reconheça funcionários
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São Paulo - O sentimento de decepção continua nos escriturários do Bradesco do Departamento Suporte Produto e Serviço (DSPS), que veem estagiários sendo promovidos em seus lugares. Desde o início do ano o Sindicato está recebendo relatos da matriz do banco, na Cidade de Deus, de funcionários que esperam há anos por promoção, no entanto, estagiários é que estão sendo contratados como chefes de serviço.

Para executar um novo serviço no departamento, o banco alega que estes estagiários que serão contratados são preparados para desempenhar essas funções, sem dar chance para os funcionários que estão há anos esperando uma oportunidade. “Antes havia escriturários classificados como A, B, C e assim por diante, para que ocorressem promoções, mas isso acabou e o banco passou a não promover mais. Parece que extinguiram o cargo de escriturário e contratam pessoas que vão para o regime de oito horas de trabalho”, explicou um dos funcionários da área que trabalha no Bradesco há mais de 25 anos.

Estes ex-estagiários mudam de setor depois de serem efetivados, o quem tem deixado funcionários com anos de experiência desmotivados e sem perspectiva. “Eles entram sem saber nada, se tornam nossos chefes, só que sem experiência. O clima fica pesado. Muita gente pediu por uma promoção, se dedicou, mas o reconhecimento não veio. Eles se esqueceram de quem já estava lá”, apontou o bancário.

O Sindicato acionou o RH do banco para questionar se o processo de “encarreiramento” sofreu alterações. A instituição respondeu que estas contratações são pontuais e sazonais e que por isso não afetam os planos de carreira fechada na empresa e que no primeiro semestre haverá promoções.

Normalmente se começa como escriturário e depois se passa a chefe de serviço, já o estágio tem duração de dois anos.  “O Bradesco disse que a princípio este tipo de contratação não irá ocorrer, mas não descartou uma possibilidade futura. Nosso temor é justamente que comecem a só contratar direto para oito horas. Não somos contra a contratação destas pessoas, mas para não ser injusto com os bancários que já trabalham no departamento, eles teriam de fazer parte do ‘encarreiramento”, ressaltou Marcelo Peixoto, diretor do Sindicato.


Luana Arrais – 27/3/2015

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