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Sindicato repudia punição à funcionária do BB

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Juliana Publio recebeu da instituição suspensão sem proventos por 20 dias
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São Paulo - A funcionária do Banco do Brasil Juliana Publio foi punida pela instituição com suspensão sem proventos por 20 dias. O direção alega que a bancária teria utilizado e-mail pessoal corporativo para divulgar questões sindicais, ferindo pretensamente o código de ética da empresa. Teria, ainda, realizado reuniões em locais de trabalho sem autorização da administração. O Sindicato repudia a medida por considerar que se trata de cerceamento do direito à opinião e da atuação sindical.

A organização sindical no local de trabalho (OLT) sempre foi prioridade do Sindicato, principalmente após a retomada da entidade por militantes combativos no ano de 1979, durante a ditadura. Naquele ano, por meio de eleição, uma nova direção fortaleceu a participação de bancários e bancárias em mobilizações, assembleias e investindo em comunicação.

Os funcionários do Banco do Brasil fazem parte dessa história e lutaram junto com outros trabalhadores pelo fim da ditadura, pelas Diretas Já e sempre mantiveram militantes nos locais de trabalho que ajudaram na construção da entidade sindical.

Desde 2013, os funcionários do BB conquistaram em acordo coletivo melhores condições para a atuação dos representantes sindicais de base, com direito a eleições, liberação para atuação e garantias para poderem atuar como representantes de seu local de trabalho. Para defender a OLT, fundamental na luta por direitos, o Sindicato coloca à disposição de Juliana, e a todo e qualquer bancário, assistência jurídica.

Outro problema que o processo administrativo causou foi na eleição para o Conselho de Administração do BB, função para a qual a funcionária somente pôde participar devido a uma liminar judicial. Ao final do processo eleitoral no mês de março, a trabalhadora foi eleita pelos funcionários em uma disputa legítima, inclusive concorrendo com o atual conselheiro, Rafael Matos, que teve o apoio do Sindicato. No entendimento do Sindicato, a posse da conselheira prevista para maio deve ser garantida pelo banco. Não se trata de defender apenas a funcionária, mas sim o direito à OLT para todos os trabalhadores.


Redação - 27/3/2015

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