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BB diz que vai atender exigências de bancários

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Em reunião com Sindicato, representantes da estatal dizem que enviarão orientação a gestores proibindo cobrança de metas dos caixas e que fará reparo em elevadores da antiga Cacex
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São Paulo – As condições de trabalho nas agências e as estruturais dos complexos administrativos foram discutidas por dirigentes sindicais e representantes da Genop (Gerência Regional de Apoio a Negócios e Operações) e da Gepes (Gestão de Pessoas) do Banco do Brasil em São Paulo. A reunião foi na quarta 1º.

Ernesto Izumi, diretor executivo do Sindicato, reivindicou providências em relação aos trabalhadores que exercem a função de caixa. Esses funcionários são cobrados a cumprir metas de venda de produtos e de serviços e em algumas regiões da capital – como as zonas oeste e central – muitos deles são deslocados para fazer triagem junto a clientes e usuários para tentar barrar a entrada no estabelecimento.

Os negociadores do banco público afirmaram que os caixas não têm metas para venda e que, no máximo, podem oferecer ao cliente que coloque contas em débito automático, sendo que esse procedimento não é levado em consideração em avaliações de desempenho. Informaram, ainda, não haver determinação para impedir pessoas de utilizar os serviços no guichê dos caixas. Eles assumiram o compromisso com o Sindicato de enviar comunicado aos gestores com essas orientações.

“Deixamos claro que somos contrários ao desvio de função que ocorre quando o caixa é colocado nessa tarefa no autoatendimento. Muitos dos que passam por essa situação reclamam que ficam quase que todo o expediente na triagem”, relata Izumi, acrescentando que essa prática desrespeita norma do Banco Central e o Código de Defesa do Consumidor. “Alertamos aos trabalhadores que denunciem, caso isso continue. Também alertamos que, como a dotação da agência para o número de caixas é medida pela quantidade de autenticações, o banco pode se utilizar desse artifício e reduzir a quantidade de caixas, prejudicando os empregados com perda de comissão.”

> Banco do Brasil quer discriminar clientes e funcionários

Complexos – As sucessivas quebras dos elevadores do antigo prédio da Cacex, na região central da capital, também foram discutidas. Nesse caso, os dirigentes sindicais foram informados que haverá troca dos sensores dos equipamentos e que o problema será resolvido nos próximos dias.

> Mais uma falha nos elevadores da Cacex no BB

Outra reivindicação que será atendida se refere à dedetização em alguns setores do banco, nos quais funcionários reclamam da proliferação de pulgas. O Sindicato solicita aos empregados que informem os setores afetados para que seja feita a pulverização (pelo 3188-5200 ou pelo Fale Conosco, escolhendo o setor “site”).

Outra cobrança dos representantes dos trabalhadores refere-se a alterações na atual política de administração predial. Segundo confirmado pelo BB, um gerente tem de cuidar de duas ou três concentrações. “Tem lugares que, somados, chegam a 30 andares. Fica praticamente impossível que apenas uma pessoa tenha condições de administrar tantas dependências. Queremos que isso mude para que o funcionário consiga lidar com as demandas que vão desde ordenar o reparo do ar-condicionado, dos elevadores a outras situações que afetam o dia a dia de milhares de trabalhadores”, afirma o diretor do Fetec-CUT/SP João Maia.   

Periculosidade – Na reunião, o Sindicato também reivindicou o pagamento de adicional de 30% no salário por periculosidade para os trabalhadores do Complexo São João e do prédio XV de Novembro (antiga matriz do banco Nossa Caixa, incorporado pelo BB) no qual há armazenamento de combustível em tanques.

“Queremos que o banco faça esse pagamento aos trabalhadores, pois temos laudo que comprova que o armazenamento é feito de forma irregular. E exigimos que fossem tomadas as medidas necessárias para regularizar a situação. Queremos resolver de forma negociada, mas se não ocorrer vamos ingressar na Justiça como já fizemos com outros bancos”, acrescenta Ernesto Izumi.

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Jair Rosa – 2/4/2015

 
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