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Pressão contra PL 4330 breca votação de emendas

Linha fina
Acuados pelas manifestações nas ruas e redes sociais, deputados federais adiam pela segunda vez a votação de destaques ao projeto, que ficou para quarta-feira 22
Imagem Destaque

São Paulo – A pressão dos trabalhadores nas ruas e nas redes sociais conseguiu arrancar do plenário da Câmara, na noite desta quarta-feira 15, mais um adiamento na votação de emendas ao PL 4330, que permite a terceirização nas atividades-fim das empresas. A votação ficou para a quarta-feira 22. A maioria dos deputados, que aprovou com confiança o texto-base do projeto no dia 8, recuou diante da opinião pública. Ela já havia sido adiada na terça 14.

“Mas os protestos não podem parar. Agora mais do que nunca precisamos ir às ruas contra esse projeto de lei que, se aprovado, vai permitir que os empresários substituam todos os seus funcionários diretos por terceirizados com salários menores, jornadas maiores e em condições precárias de trabalho. Continuem se manifestando e mandando e-mails para os deputados federais e para senadores”, convoca a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. (www.senado.gov.br/senadores e www2.camara.leg.br/deputados/liderancas-e-bancadas).

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Diante das diversas manifestações de deputados pelo adiamento, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), suspendeu a sessão e convocou uma reunião com as lideranças partidárias em seu gabinete. Quando retomou ao plenário, anunciou um acordo de procedimentos para transferir a votação dos destaques para o dia 22.

Ele anunciou que o acordo prevê o compromisso de vários partidos (PT, bloco PMDB, PSDB, bloco PRB, PR, SD, DEM, PDT, PPS e PV) de votarem contra qualquer requerimento de retirada de pauta e sem obstrução de qualquer outra matéria que possa trancar a pauta nesse intervalo.

Cunha disse que as votações dos destaques seriam apertadas e que adiou a votação para quarta-feira para que se possa produzir um acordo com os líderes partidários. “Vamos produzir um acordo para que a votação não seja emperrada”, afirmou.

O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que dois terços dos líderes pediram o adiamento da votação. Ele informou que, até quarta-feira, vai reunir representantes do governo, empresários e movimento sindical, com a participação do relator do projeto e de outros deputados, para tentar um acordo que envolva esses setores.


Redação, com informações da Agência Câmara – 15/4/2015
 

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