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Sindicato faz parte de conselho sobre África

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Promovido pelo Instituto Lula, conselho deve conectar estudiosos sobre o continente africano e acompanhar atividades da Iniciativa África
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São Paulo – Um espaço para conectar os colaboradores africanistas e acompanhar as atividades da Iniciativa África. Esse será o papel do Conselho África, empossado pelo Instituto Lula, em São Paulo, na quinta-feira 23. Farão parte historiadores, representantes de movimentos sociais e organismos multilaterais, diplomatas e estudiosos. O Sindicato também participa.

Durante a abertura do evento, Carlos Lopes, atual secretário-geral adjunto e secretário executivo da Comissão Econômica para a África da ONU, enumerou os desafios sociais, econômicos e políticos do continente no século XXI. Ele ressaltou que “a África precisa de uma mudança completa da estrutura das economias de seus países”. Lopes destacou a necessidade de “fazer uma industrialização que atenda à condição atual” do continente.

Lopes afirmou também que o que se noticia a respeito da África não corresponde à realidade. “A narrativa é marcada por uma visão pessimista”, disse. “Nossa situação econômica é invejável. Nos últimos 15 anos, duplicamos o PIB”, completou.

Para que os países africanos consigam ampliar seu desenvolvimento, segundo o secretário, é necessário melhorar a produtividade da economia, provocar a industrialização por meio do agronegócio e da transformação de matérias-primas, formalizar o setor de serviços e criar um mercado continental integrado.

Após a exposição, os integrantes da mesa fizeram considerações. Paulo Cordeiro, subsecretário do Itamaraty, afirmou que a África é parte do que nós somos. “E os africanos dizem que nós somos parte da solução dos problemas deles.” Em sua fala, a consulesa da França em São Paulo, Alexandra Loras, agradeceu o ex-presidente Lula, presente na plateia, por ter “dado dignidade a 40 milhões de negros neste país”.

Lula disse que o Brasil não pode impor soluções ao continente, mas entender o que os africanos precisam e como podemos cooperar com eles. O ex-presidente deixou claro que a cooperação com a África é uma via de mão dupla: “quando eles evoluem, nós também evoluímos e o mundo evolui”.

Durante a manhã também foi debatida a situação dos imigrantes africanos no Brasil, que precisam ser assistidos por políticas públicas que lhes garantam condições dignas de permanência em território brasileiro.

Participação sindical – Júlio Cesar Silva Santos, diretor do Sindicato, representou a entidade no evento. “O Sindicato defende um novo olhar para as diversas culturas do continente africano, assim como um engajamento maior nos assuntos sobre economia e condições sociais dos países da África. Sediamos em 2013 a exibição do primeiro episódio da série Presidentes Africanos, dirigida e apresentada por Franklin Martins. E vamos continuar promovendo debates sobre a África entre os bancários”, conclui o dirigente.


Redação, com informações do Instituto Lula – 24/4/2015
 

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