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Itaú precisa realocar funcionários do Investfone

Linha fina
Banco vai encerrar departamento no fim de maio e desrespeita analistas júnior com sobrecarga de trabalho e acúmulo de função
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São Paulo – Precarização é o lema do Itaú. Além de o banco defender a regulamentação da terceirização para atividade-fim, vem deteriorando áreas como o Investfone, que encerrará suas atividades no dia 31 de maio, segundo comunicado em reunião aos funcionários. Mas para onde vão os trabalhadores?

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O Sindicato apurou que a área do Investfone contava com cerca de 100 trabalhadores. Diversas alterações já foram feitas. Ainda aguardam realocação 33 bancários. No entanto, segundo o responsável pelas relações de trabalho, somente 28 funcionários ainda não foram realocados e o processo continua. “Vamos cobrar para que os bancários não sejam demitidos e um levantamento correto do número de bancários que aguardam a realocação”, afirma o dirigente o dirigente sindical da Fetec/CUT-SP Antonio Soares, o Tonhão.

“O que nos surpreende é que durante esse processo surgiu a informação de que o banco contratará 80 analistas ainda em 2015 para a Consultoria Remota. Ou seja, até agora não realocou esses trabalhadores que já conhecem os produtos do banco, mas irá procurar no mercado de trabalho outros funcionários”, critica Tonhão.

Sem promoção – Além da confusão com as mudanças do Investfone, os analistas júnior que irão para o CAT assumirão as tarefas dos analistas plenos dispensados. “Eles não terão promoção no cargo e nem no salário para assumir a nova responsabilidade. Sobrecarregam o bancário e precarizam o atendimento ao cliente. O banco “feito para você” defende a terceirização, acha que muda o seu mundo, só que muda para pior, pois assombra bancários adoecidos pela pressão e medo da demissão. Nem parece o banco que lucrou quase R$ 6 bilhões apenas no primeiro trimestre de 2015”, protesta Tonhão.

O Itaú é a maior instituição privada do país, mas manteve a política de cortes de postos de trabalho no último ano. Foram extintas 2.248 vagas entre março de 2014 e março de 2015. Só no primeiro trimestre do ano, eliminou 419 empregos.

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Gisele Coutinho – 13/5/2015
 
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