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Gestão da Previ tem de continuar compartilhada

Linha fina
Diretora de Administração da Caixa de Previdência propõe modelo que diminui poder dos associados e aumenta o do Banco do Brasil; movimento sindical vai combater iniciativa
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São Paulo – Transferir várias atribuições de diretores eleitos pelos participantes para diretores indicados pelo Banco dos Brasil, acabar com duas diretorias e terceirizar a gerência de investimentos são algumas das propostas da diretora de Administração da Previ, Cecília Garcez, para mudar o modelo de gestão da Caixa de Previdência dos Funcionários.

Para o movimento sindical, as mudanças propostas pela diretora na prática destroem o modelo de gestão compartilhada conquistado em 1997, e que deu maior segurança e autonomia às decisões da Previ e mais equilíbrio de poder entre banco e associados.

“Este assunto será discutido com os funcionários, com o objetivo de mobilizá-los contra esse ataque, que daria ainda mais poder ao banco. Também convidamos todos os associados a escreverem para a entidade repudiando a medida”, diz o diretor executivo do Sindicato e funcionário do BB Ernesto Izumi. Ele explica que os participantes devem enviar suas críticas às medidas pelo Fale Conosco do site da Previ (https://www.previ.com.br/home.htm), informando suas matrículas e senhas.

Consultoria – A proposta consta em relatório da empresa de consultoria Accenture, contratada por Cecília Garcez no final de 2014, ao custo de R$ 1 milhão, com a justificativa de mapear e otimizar processos.

Para o movimento sindical, o aspecto mais grave da proposta é a transferência das atribuições da atual Diretoria de Planejamento, eleita pelos associados, para a Presidência, indicada pelo BB. Os representantes dos trabalhadores destacam que as atribuições do Planejamento são fundamentais para o futuro da Previ, entre elas a elaboração da política de investimentos, gestão de risco e gestão integrada dos ativos e passivos.

Além disso, todas as atribuições da Diretoria de Participações seriam incorporadas à Diretoria de Investimentos, ambas nomeadas pelo banco. A parte operacional ficaria com os eleitos pelos associados e a gestão estratégica e dos investimentos seria toda entregue para o banco.

A denúncia foi feito pelo Diretor de Seguridade, Marcel Barros, eleito pelos bancários. “A diretora defende a proposta da consultoria, com o apoio de outro diretor eleito. Sou totalmente contra. Se isso for implantado, toda a gestão da Previ será colocada em risco, aumenta o poder do banco e diminui o dos associados”, alerta Marcel.


Contraf-CUT, com edição da Redação – 19/5/2015
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