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HSBC confirma intenção de vender operação no país

Linha fina
Sindicato acompanha de perto o desenrolar do caso e já está se mobilizando para defender emprego e direitos dos cerca de 21 mil funcionários da filial brasileira
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São Paulo - O HSBC confirmou nesta sexta-feira 22 que estuda vender suas atividades no Brasil. O banco inglês afirma que ainda não há decisão de prosseguir com nenhuma transação, mas assume que existe a possibilidade de vender as operações no país, onde tem cerca de 21 mil funcionários e 850 agências.

A notificação de intenção de venda foi encaminhada para o Banco Central Europeu na quinta-feira 21, um dia antes de os funcionários serem informados. A nota divulgada não fala em interessados na compra alegando que estas informações não podem ser divulgadas por questões regulatórias e legais de confidencialidade.

Demissões ocorridas no final de 2014 iniciaram os rumores de venda que se intensificaram este ano após o escândalo evolvendo contas de brasileiros no exterior. Em 17 de abril uma notícia sobre uma possível venda da operação de varejo e de parte do banco de investimento no Brasil foi veiculada em primeira mão pelo jornal Financial Times. Na terça-feira 19 o executivo do Santander no Brasil, Jesús Zabalza, declarou que estudaria a possibilidade de adquirir a atividade brasileira do HSBC. No dia seguinte, foi a vez do Itaú anunciar interesse, também publicamente.

O Sindicato vem acompanhando a situação e cobrando explicações do HSBC desde o início dos rumores. Uma comitiva de dirigentes sindicais de todo o país fez um verdadeiro corpo a corpo com parlamentares no Congresso Nacional no início deste mês. As reuniões procuraram sensibilizar deputados e senadores para que os empregos e direitos dos funcionários do HSBC sejam preservados caso a unidade no Brasil seja incorporada por outro banco.

> Situação dos bancários do HSBC é debatida em Brasília

Os sindicalistas também entregaram ofício aos deputados e senadores solicitando que interfiram pela realização de uma reunião com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), órgão que regula fusões entre empresas. “Já procuramos todos os órgãos responsáveis para garantir a manutenção dos empregos, os trabalhadores não podem pagar a conta pelas atitudes do banco”, ressaltou Liliane Fiuza, diretora do Sindicato. A dirigente lembra que poderá, caso necessário, realizar paralisações para que os direitos e os empregos dos funcionários do banco no país não sejam perdidos e que a união de todos nessa luta será imprescindível.

Além do Santander e do Itaú estariam interessados na compra o Bradesco, BTG Pactual, o canadense Bank Of Nova Scotia e o chinês ICBC, mas não há confirmação se estas instituições realmente estão em negociação.


Luana Arrais – 22/05/2015
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