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Ato pede manutenção de empregos no HSBC

Linha fina
Bancários de todo o país estão mobilizados e acompanhando negociação de venda do banco no Brasil
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São Paulo – Um ato promovido pelo Sindicato em frente ao Banco Central, na Avenida Paulista, cobrou a manutenção dos empregos e garantia de direitos aos trabalhadores do HSBC. O protesto, na manhã da quarta-feira 27, é o segundo desde que o HSBC confirmou em 22 de maio que pode ser vendido. O banco inglês afirma que ainda não há decisão de prosseguir com nenhuma transação e assume que existe a possibilidade de passar para outra instituição suas operações no Brasil, onde tem cerca de 21 mil funcionários e 850 agências.

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Rumores dão conta de que o processo de venda possa ser concluído até o final de agosto. “Queremos chamar a atenção do Banco Central para que leve em consideração na negociação a manutenção dos empregos dos mais de 20 mil funcionários do HSBC no Brasil”, explicou Liliane Fiuza, diretora do Sindicato e funcionária do banco. A manifestação reuniu representantes sindicais de todo o país.

Liliane lembra que a negociação pode afetar não só os bancários como a economia de alguns lugares como Curitiba, cidade onde está a maior concentração do HSBC. “Lugares assim têm sua economia girando em torno do banco. Por isso, estamos todos unidos em prol dos trabalhadores e para que os empregos sejam mantidos independente da negociação em que o banco se envolva.”

Demissões ocorridas no final de 2014 iniciaram os rumores da venda que se intensificaram este ano após o escândalo a filial suíça do HSBC.

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Em 17 de abril uma notícia sobre a possível venda da operação de varejo e de parte do banco de investimento no Brasil foi veiculada em primeira mão pelo jornal Financial Times.

Bancos como Santander, Itaú, Bradesco, BTG Pactual, o canadense Bank Of Nova Scotia e o chinês ICBC, estariam interessados na compra.

“Estamos em uma tensão imensa, muito preocupados”, ressaltou Liliane lembrando que neste momento os bancários devem estar unidos e buscar informações somente por meio do Sindicato. “E caso seja necessário, vamos paralisar as atividades para defender empregos e direitos.” 

Luana Arrais – 27/5/2015
 
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