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Braços cruzados em todo o Brasil no dia 29

Linha fina
Dia Nacional de Paralisação é mais um ato contra PL da Terceirização e medidas que retiram direitos dos trabalhadores. Luta também é em defesa da democracia e fim do fator previdenciário
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São Paulo - Parar por direitos, contra a terceirização e em defesa da democracia. Na sexta 29, Dia Nacional de Paralisação, bancários e trabalhadores de diversas categorias profissionais, além de movimentos sociais, vão cruzar os braços. A mobilização também será em apoio aos professores em greve por educação pública de qualidade.

“Somos contra o viés conservador que está tomando conta do Congresso Nacional, colocando em risco direitos dos trabalhadores, direitos humanos e sociais. Precisamos dar um basta nisso”, afirma o presidente da CUT, Vagner Freitas. “E precisamos impedir que o PL da Terceirização seja aprovado no Senado. Porque, se passar, empregos correm risco e direitos serão precarizados. Participe da luta!”, convoca.

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Terceirização, não! - O PL da Terceirização – que foi aprovado na Câmara e aguarda votação no Senado – permite terceirizar as atividades-fim das empresas. O resultado seria a retirada de direitos como férias, 13º salário, fundo de garantia. No caso dos bancários, a terceirização acabaria com a categoria, já que os terceirizados ganham até 70% menos e têm jornadas maiores: um verdadeiro sonho para os banqueiros. Gerentes e cargos poderiam virar pessoas jurídicas sem direitos trabalhistas, levando à “pejotização” da categoria. No dia 29, pare contra a terceirização!

Osasco – O PL da Terceirização será tema de audiência pública na Câmara dos Vereadores de Osasco (Avenida dos Autonomistas, 2.607, Centro), também no dia 29, às 19h.

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Ajustes para quem merece - As medidas provisórias 664 e 665 – parte do ajuste fiscal do governo federal – dificultam o acesso a direitos como seguro-desemprego e auxílio-doença. Para o Sindicato, se o governo precisa de mais recursos para programas sociais e investimentos em infraestrutura, deve cobrar mais de quem tem, aumentando impostos dos bancos e taxando as grandes fortunas.

Aposentadoria mais justa - Em 1999 o governo FHC institucionalizou o famigerado fator previdenciário, que prolonga o tempo de trabalho e achata as aposentadorias. Para acabar com isso, o movimento sindical criou a fórmula 85/95, por meio da qual a mulher pode se aposentar quando a soma de sua idade aos anos de contribuição for de 85 anos e o homem, de 95 anos. No dia 29, pare pela valorização de sua aposentadoria!

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Educação pública de qualidade - Professores de escolas públicas em vários estados estão em greve por melhores salários e educação pública de qualidade. Os docentes de SP estão paralisados há quase 80 dias, sem qualquer retorno do governo Alckmin. No dia 29, pare pela educação dos seus filhos! Assista MB com a Presidenta sobre o assunto no dia 1º.

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Os riscos para a democracia - A votação da “reforma política” na noite de terça 26 foi uma mostra de que nem todos os parlamentares da Câmara são reféns do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e que uma parte ainda se importa com os princípios da democracia e os rumos do Brasil.

Por 267 votos contra, 210 a favor e duas abstenções, o “distritão” de Cunha foi derrotado. A sessão seguiu noite adentro e rejeitou também incluir na Constituição o financiamento empresarial de campanhas eleitorais. Se passasse, estaria institucionalizada a principal origem da corrupção que assola o país há décadas.

O “distritão” transformaria os estados em distritos e elegeria somente os parlamentares mais votados, acabando com a proporcionalidade atual.

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A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, explica que se a "reforma" de Cunha passar, uma situação bastante ruim para o país se agravará. “Mais parlamentares seriam eleitos graças ao poder econômico ou sua visibilidade na mídia, sem qualquer compromisso com o Brasil e os brasileiros.”

E ressalta que a luta dos trabalhadores – nas ruas e redes sociais – está valendo, mas não acabou. “Cunha não vai desistir até sua "reforma" ser realmente derrotada. Como se trata de proposta de emenda constitucional (PEC), a votação é em dois turnos: passa novamente pela Câmara e segue para o Senado. Ou seja, nossa pressão contra essa PEC da Corrupção e o fim do financiamento privado das campanhas eleitorais tem de continuar.”

Sindicato fechado – Toda a estrutura do Sindicato estará voltada à mobilização. Assim, a sede e regionais permanecerão fechadas na sexta. Somente a Central Telefônica (3188-5200) atenderá das 8h às 17h. 


Redação - 27/5/2015
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