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Bancos são multados por falhas na segurança

Linha fina
Polícia federal multou 19 instituições em mais de R$ 11 milhões. Itaú é o “líder” no número de infrações
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São Paulo – A Polícia Federal multou 19 bancos em R$ 11,444 milhões por falhas na segurança de agências e postos de atendimento bancário. Mais uma vez, o Itaú foi o “líder” de infrações, com 263 processos procedentes e R$ 3.143 milhões em multas; seguido pelo Bradesco (180 processos e R$ 2,178 milhões); Santander (197 processos e R$ 2,208 milhões); Banco do Brasil (191 processos e R$ 2,182 milhões); e Caixa (73 processos e R$ 909 mil).

As multas foram aplicadas na última quarta-feira 27 durante a 105ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (Ccasp), em Brasília. Foram discutidos 1.055 processos contra bancos, todos movidos pelas Delegacias Estaduais de Segurança Privada (Delesp) devido ao descumprimento da lei federal 7.102/83, que trata da segurança bancária.
As principais infrações cometidas pelos bancos foram: equipamentos inoperantes, funcionamento de unidades sem plano de segurança aprovado pela Polícia Federal, número insuficiente ou ausência de vigilantes, e não substituição de vigilantes em horário de almoço.

“Os bancos continuam infringindo a lei. Foram 1.055 autuações e a tendência é aumentar. Essa falta de segurança coloca em risco a vida dos bancários, dos clientes e dos vigilantes. Não é à toa que em São Paulo aumentou o número de roubos a bancos”, avalia o diretor do Sindicato Carlos Damarindo.

> Roubos a bancos triplicam na cidade de São Paulo

Mudanças na Ccasp – Na 105ª reunião da Ccasp foi apresentada a Portaria 485, de 25 de maio de 2015, do Ministério da Justiça, que alterou a organização e a forma como são realizadas as reuniões da comissão. De acordo com a nova redação, a Ccasp não avaliará mais os processos presencialmente e também não irá proferir voto sobre a punição das instituições financeiras que descumprem a lei.

“O Sindicato ainda não avaliou o conteúdo da portaria, uma vez que fomos pegos de surpresa. Nós valorizamos a reunião presencial, pois desta forma cria-se um debate. Entendemos que o Ministério da Justiça, assim como o movimento sindical, tem muito interesse na questão do plano de segurança, mas fica ruim quando somos pegos de surpresa sem uma conversa prévia”, critica Damarindo.

“Não somos contra a facilitação do modelo eletrônico, mas precisamos compreender melhor a mudança, o real motivo de acabar com as reuniões presenciais. Lamentamos a atitude do Ministério da Justiça e ainda vamos avaliar o impacto desta portaria”, acrescenta.


Felipe Rousselet – 28/5/2015
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