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Itaú dificulta a vida de bancários doentes

Linha fina
Lentidão de novo sistema prejudica funcionários que precisam entregar atestados e passar pelo INSS
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São Paulo – Os funcionários do Itaú enfrentam problemas pela falta de informação quando procuram o setor de Recursos Humanos e a Área de Saúde Ocupacional do banco, além das sucessivas falhas no sistema do portal corporativo principalmente quando necessitam gerar documentos.

Valeska Pincovai, diretora do Sindicato, destaca que esses e outros temas que comprometem o dia a dia dos funcionários, constam da pauta de reivindicações entregue à direção do banco. Ainda não há data de negociação.

> Funcionários entregam reivindicações ao Itaú

“O empregado que adoece vai ao médico do convênio e pega o seu atestado. Cabe ao gestor encaminhar o documento à área de saúde do banco, solicitar a marcação da perícia e gerar no sistema o último dia trabalhado para o funcionário”, esclarece a dirigente sindical. “No entanto essa chefia, além de não ter treinamento sobre os procedimentos e devido à morosidade e à burocracia do novo portal, acaba desistindo, pois precisa bater metas e ainda ajudar a agência abrindo caixa devido à falta de funcionários para atender clientes”, ressalta.

Entre os transtornos provocados aos trabalhadores, há casos em que o bancário vai para casa e fica no aguardo do retorno do gestor e, sem orientação do Itaú, espera por mais de um mês. “Ele só descobre que a perícia não foi agendada quando recebe um telegrama em casa de abandono de emprego”, diz Valeska, acrescentando haver relatos de bancários que conseguem passar pela perícia do INSS  e se afastar, mas têm problemas no crédito da complementação salarial.

Isolamento - No retorno ao trabalho, segundo a dirigente, as pessoas não passam por readaptação. Eles sofrem com o excesso de trabalho ou pela falta dele, sendo isolados em locais que não passa ninguém. “Há situações em que o trabalhador é transferido para bairros distantes, os salários são pagos com diferenças e seu ponto eletrônico demora a ser estabelecido. Esta é a vida do trabalhador do Itaú quando adoece e fica a pergunta: cadê a responsabilidade social do banco?”, questiona a dirigente.  “Queremos um programa de reabilitação e readaptação decente e fim da discriminação  aos que adoecem. Além, é claro, de melhores condições de trabalho. O funcionário do Itaú merece respeito”.


Luana Arrais – 8/6/2015
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