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Venda de seguros massacra bancários do Santander

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Trabalhadores subordinados à superintendência regional Alphaville sofrem com recorrentes práticas abusivas que configuram assédio moral
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São Paulo – Os bancários do Santander subordinados à superintendência de Alphaville, que engloba as cidades paulistas de Osasco, Barueri, Carapicuíba e Itapevi, continuam sendo massacrados pela cobrança abusiva para a venda de seguros. Essa regional do banco é alvo de críticas dos trabalhadores desde 2014, quando a situação de assédio moral foi denunciada pelo Sindicato.

> Bancários do Santander enlouquecidos com metas

“Ficamos constrangidos na frente da equipe. Existe uma exigência enorme para a venda de seguros. Em reuniões, escutamos coisas como ‘olha, tem muita gente querendo trabalhar no Santander´”, relata um bancário subordinado à superintendência regional de Alphaville. “Somos cobrados através de um grupo de WhatsApp, inclusive antes do expediente. Por volta das 7h30 começam as mensagens”, completa.

Outra funcionária da mesma regional confirma a pressão excessiva pela venda do produto, o que também prejudica o atendimento aos clientes. “A superintendência humilha e expõe os funcionários. A cobrança pela venda de seguros é muito grande. Por exemplo, se vai fazer um empréstimo para o cliente, você é cobrado para empurrar o seguro. Eu não consigo trabalhar desse jeito”, critica.

Os bancários entrevistados consideram que um dos principais motivos para essa cobrança abusiva é o fato de as superintendências regionais com melhores resultados na a venda de seguros receberem premiações como, por exemplo, viagens.

Aditivo – É importante ressaltar que no acordo aditivo firmado entre o Sindicato e o Santander em 2014, na 28ª cláusula (veja aqui), o banco se comprometeu a orientar seus gestores por meio de comunicação específica, o Termo de Relações Laborais (veja aqui), sobre boas práticas de gestão para que as relações de trabalho sejam cada vez mais equilibradas, respeitosas, responsáveis e éticas.

A dirigente sindical Solange Martins da Silva protesta. “A forma absurda com que está sendo feita a cobrança de metas por essa superintendência configura assédio moral e, no caso das mensagens por WhatsApp, é vetada inclusive pela CCT (Convenção Coletiva de Trabalho)”, explica. “A regional é reincidente. Quando apresentada a denúncia ao Santander, o banco considera improcedente e a situação absurda persiste. Diante dessa clara postura de assédio moral recorrente, o Sindicato cobra providências imediatas”, enfatiza a dirigente.


Felipe Rousselet – 10/6/2015 
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