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Sindicato fecha call center clandestino do BB

Linha fina
Cerca de 40 trabalhadores foram desviados de suas funções; central telefônica irregular não contava com mobiliário e equipamentos adequados
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São Paulo – Os dirigentes do Sindicato fecharam uma central telefônica clandestina do Banco do Brasil na quarta-feira 10. O call center irregular funcionava no primeiro andar de uma agência de varejo do banco, na Rua Joaquim Távora, zona sul da capital paulista, onde futuramente será inaugurada uma unidade Estilo.  

No momento em que o Sindicato constatou a irregularidade, cerca de 40 trabalhadores de diversas agências Estilo, a maioria de gerência média, trabalhavam a mando da superintendência com oferta de crédito e outros produtos por telefone. O mobiliário não era adequado para uma central telefônica e os bancários cumpriam jornada de oito horas utilizando telefones comuns, e não seis horas com head-sets, como determina a Norma Regulamentadora 17 do Ministério do Trabalho (NR 17). Além disso, as ligações não eram gravadas, o que deixa o cliente e o bancário sem qualquer prova material da possível compra de um produto.

“O BB continua tirando esses profissionais das suas funções. Eles trabalham em locais sem mobiliário e equipamentos adequados, cumprindo jornadas de oito horas, sem gravação das ligações. O próprio banco admite a irregularidade, mas continua fazendo isso para fechar as metas do semestre”, critica o diretor do Sindicato Cláudio Luis de Souza.

Com a prática, o banco também está infringindo o artigo 468 da Consolidação das Leis do Trabalho, que proíbe a mudança de cargo por decisão exclusiva do contratante.

Denuncie – Após o fechamento do call center clandestino, dirigentes sindicais alertaram os trabalhadores sobre a situação irregular, solicitando que retornassem aos seus locais de trabalho. De acordo com Souza, o Sindicato acionou o departamento de Gestão de Pessoas do BB em São Paulo (Gepes-SP) para denunciar as irregularidades. A Gepes, por sua vez, informou que irá entrar em contato com o superintendente regional da alta renda para tratar do caso.

“É uma situação inadmissível e cobramos providências imediatas da instituição. Pedimos que os bancários denunciem ao Sindicato outras centrais clandestinas que estejam operando”, enfatizou o dirigente.


Felipe Rousselet – 11/6/2015
 
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