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Mercado formal fecha 115 mil vagas em maio

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Só a agropecuária abriu postos de trabalho. Foi o quarto resultado negativo em cinco meses e pior para maio na série histórica. São 244 mil vagas a menos no ano
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São Paulo – O mercado formal fechou 115.599 vagas (-0,28%) em maio, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). É o primeiro resultado negativo para maio desde 1992, início da série histórica, e o quarto em cinco meses de 2015, período em que já foram eliminados 243.948 postos de trabalho, queda de 0,59%. Em 12 meses, o mercado tem menos 452.835 vagas (-1,09%).

No mês passado, apenas o setor de agropecuária, por fatores sazonais, criou empregos: 28.362, crescimento de 1,83%. A indústria de transformação eliminou 60.989 (-0,75%). O setor de serviços, que até 2014 sustentava o mercado de trabalho, também fechou vagas (32,602, queda de 0,19%). A construção civil cortou 29.795 empregos com carteira (-1%) e o comércio, 19.351 (-0,21%).

A queda de maio é resultado da diferença entre 1.580.244 demissões e 1.464.645 contratações registradas. No ano, o mercado formal soma 8.509.494 demissões e 8.265.546 admissões. O estoque de empregos formais caiu para 40,962 milhões, abaixo de maio de 2014 (41,414 milhões), mas bem acima do nível de igual mês de 2002, quando atingia 22,479 milhões.

De janeiro a maio, três setores, basicamente, concentraram o fechamento de vagas: indústria (-98.053, ou -1,19%), construção (-108.573, ou -3,54%) e comércio (-159.315, ou -1,69%). Tiveram crescimento os serviços (78.061, alta de 0,45%), a agropecuária (35.589, 2,3%) e a administração pública (14.483, 1,62%).

O ministro Manoel Dias espera reação depois dos chamados ajustes, feitos pela equipe econômica. "Nos últimos 12 anos foram criados 21 milhões de postos de trabalho, porém é preciso ajustar a economia para que possamos continuar gerando vagas formais. Somente o FGTS vai aportar esse ano cerca de R$ 70 bilhões, que vai beneficiar, principalmente, o setor da construção civil", afirmou, ao divulgar os dados do Caged.

Ele aposta em uma melhora do quadro a partir do segundo semestre, com retomada de investimentos em alguns setores. "O FGTS já desembolsou R$ 20 bilhões, neste primeiro semestre, para o setor da habitação e saneamento básico. Esse recurso vai ajudar a recuperar os empregos na construção civil, que deve gerar mais de 1 milhão de novos postos ainda em 2015."


Rede Brasil Atual - 19/6/2015
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