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Denúncias de assédio serão apuradas pelo HSBC

Linha fina
Compromisso foi assumido pelo banco que voltou a afirmar que não haverá demissão em massa. Nesta terça bancários realizam Jornada das Américas em defesa dos empregos
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São Paulo – Toda e qualquer pressão para venda de produtos ou cumprimento de metas abusivas deve ser denunciada pelos trabalhadores ao Sindicato, pois as queixas serão apuradas pelo HSBC.

O compromisso do banco inglês no Brasil foi assumido em reunião com a Comissão de Organização dos Empregados (COE) na segunda-feira 29 para discutir manutenção do emprego e condições de trabalho.

“Apresentamos denúncias de pessoas que sofrem assédio moral constante, inclusive com exposição de seus nomes em ranking de produtividade, o que é proibido pela Convenção Coletiva de Trabalho”, destaca a diretora do Sindicato e integrante da COE, Liliane Fiuza.

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O Sindicato orienta quem se sentir prejudicado a denunciar pelo Instrumento de Combate ao Assédio Moral disponibilizado no http://www.spbancarios.com.br/Servicos/denuncia.aspx. O sigilo do denunciante é preservado.

Emprego – Os sindicalistas propuseram formalização de acordo para garantir os empregos dos cerca de 21 mil funcionários em todo o país. Os representantes da instituição voltaram a afirmar que não haverá demissões em massa, mas que não podem atender à reivindicação.

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No encontro, o HSBC desmentiu boatos que circulam na empresa sobre lançamento de um plano de demissão voluntária.

A próxima reunião entre o movimento sindical e o banco deve ocorrer dentro de 15 dias. “Esses encontros são essenciais para acompanharmos de perto o que está havendo na instituição e para cobrarmos providências em relação às denúncias dos funcionários no ambiente de trabalho”, finaliza Liliane.

Jornada das Américas – Nesta terça 30, trabalhadores de vários países onde o banco atua realizam a Jornada das Américas em defesa dos empregos e direitos dos funcionários do HSBC com protestos no Brasil, Argentina Uruguai, México, entre outros.

Em São Paulo, o ato ocorre em frente ao prédio do Tower, na zona oeste da capital, a partir das 12h. “Vamos deixar claro à população que o HSBC não pode chegar em nosso país, explorar funcionários e clientes e simplesmente ir embora. O HSBC engloba mais de 50 mil trabalhadores, entre contratados diretos e indiretos no Brasil e lutamos para que os empregos de todos sejam preservados”, afirma o diretor da Contraf-CUT Sérgio Siqueira.

Pressão em Brasília – As reivindicações dos funcionários também serão levadas por dirigentes sindicais a representantes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do Banco Central – órgãos reguladores do Sistema Financeiro Nacional – em audiências marcadas para terça 30 e quarta 1º de julho, respectivamente.

Os encontros integram série de ações do movimento sindical, iniciadas desde que surgiram as notícias de que o HSBC venderia suas operações no Brasil. 
 

Jair Rosa – 29/6/2015
(Atualizado às 18h38)
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