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Bancários latinos defendem bancos públicos

Linha fina
Durante três dias, em Lima, representantes de sindicatos discutiram papel social das instituições e defesa dos trabalhadores; documento final apresenta oito resoluções
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São Paulo – Durante três dias, representantes de sindicatos de países como Brasil, Argentina, Peru, Uruguai, Costa Rica, Paraguai e Chile, que compõem a UNI América Finanças, estiveram reunidos em Lima, capital do Peru, em um seminário internacional por iniciativa da Aliança Latino-Americana em Defesa dos Bancos Públicos. O encontro – que teve o objetivo de discutir a situação das instituições na região e defender o papel social das mesmas – foi encerrado na quinta-feira 16.

Também foi realizada uma manifestação (fotos), ainda na quinta 16, contra a ameaça de privatização da instituição estatal peruana, Banco La Nación.

“A luta em defesa do papel social dos bancos públicos e contra as privatizações é constante. No último dia do seminário saímos em passeata, junto com bancários peruanos, contra o processo de privatização e terceirização que ameaça o Banco de La Nación, estatal peruano”, conta o dirigente sindical Claudio Luis de Souza.

Além de Souza, que é funcionário do Banco do Brasil, também participaram do encontro Dionísio Siqueira Reis e Francisco Pugliesi, dirigentes do Sindicato e trabalhadores da Caixa. No fim foi divulgado documento (clique aqui) com oito resoluções construídas em conjunto pelos representantes de sindicatos de toda a América-Latina.

São elas: a criação de um banco de dados integrado; a luta contra a privatização do Banco de La Nación; a elaboração da Carta UNI, endereçada ao presidente peruano expressando repúdio às intenções privatistas do seu governo; criação da Jornada Internacional de Luta Contra a Privatização dos Bancos Públicos; integração dos sindicatos na defesa do papel do banco público na sociedade com acordos de cooperação; a descentralização do sistema financeiro; a defesa da participação dos trabalhadores nos conselhos diretivos; e o compromisso de estudar os impactos de tratados de livre comércio no sistema financeiro, rejeitando iniciativas que afetem as condições de trabalho, direitos trabalhistas e a soberania cidadã de todos os países.

"A defesa dos bancos públicos deve envolver bancários, sindicatos e população na luta contra os intentos privatizantes e em defesa do papel social dessas instituições, garantindo para todos os povos o acesso ao crédito e aos serviços bancários”, diz o dirigente sindical Dionísio Siqueira Reis. “A solidariedade latino-americana na defesa de direitos e conquistas é um importante elemento de luta. Da mesma forma que banqueiros e o capital internacional se organizam para aumentar a exploração, os trabalhadores devem estar unidos em defesa própria”, acrescenta.


Felipe Rousselet, com informações da Contraf-CUT – 17/7/2015
(Atualizado às 12h49 de 20/7/2015)
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