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Cassi volta para debate em mesa especifica

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Foram lembrados consensos já firmados entre negociadores dos associados e do Banco do Brasil
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São Paulo - Uma reunião da mesa de negociação específica sobre a Cassi, entre o Banco do Brasil e as entidades que representam os associados, foi realizada nesta sexta-feira 24, em Brasília.

No início da reunião, foram lembrados os consensos já firmados entre os negociadores dos associados e o BB. Entre estes consensos, estão a necessidade da implementação do Modelo de Atenção Integral a Saúde em plenitude, a manutenção da solidariedade e da garantia dos atuais direitos de ativos e aposentados.

Quanto ao último item, foi colocado ao Banco que o conjunto das entidades participantes da mesa entendem que ainda há muitas dúvidas sobre os compromissos pós laborais do BB.

Foram apresentadas diversas questões relativas à proposta de transferência para a Cassi da provisão para o pós laboral existente no balanço do Banco. Foi expresso que um grande contingente de associados avaliam que isso significa o rompimento de garantias hoje existentes.

O Banco reiterou que não há qualquer intenção de deixar os aposentados desamparados; que a transferência para a Cassi do fundo de R$ 5,83 bilhões garante o aporte mensal dos 4,5% hoje de responsabilidade do BB para os atuais aposentados e ativos que vierem a se aposentar; que a contribuição adicional de 0,99% (ou outro percentual que vier a ser acordado) na contribuição do BB para os ativos representa uma antecipação, durante o período laboral, de contribuição que vai permitir que a Cassi tenha a sua disposição valor equivalente aos 4,5% da contribuição mensal que hoje o Banco faz para os aposentados.

Segundo o Diretor Carlos Neri, o BB concorda com a inclusão deste compromisso no estatuto da Cassi. Ficou de trazer uma proposta de redação para ser examinada pelos negociadores dos associados na próxima reunião.

Além disso, o BB reiterou a disposição de fazer aporte para as ações estruturantes do Modelo de Atenção Integral à Saúde, bem como de participar do rateio de eventuais déficits futuros, desde que consiga se desvencilhar da obrigação de fazer as provisões previstas na CVM 695.

Os negociadores dos associados ficaram de continuar os debates com suas bases e de também oferecer sugestões de medidas concretas que garantam ao conjunto dos participantes os seus direitos inalienáveis. Há consenso entre todas as entidades participantes da mesa de que não há negociação que passe pela supressão de direitos de ativos, aposentados e pensionistas.

Aproveitando a oportunidade de reunião com o Banco, diversos integrantes da mesa levantaram problemas de atendimento à saúde que começaram a ocorrer com maior frequência e gravidade com o regime de contingenciamento do orçamento da Cassi. Foi pedida ao Banco maior flexibilidade dos conselheiros deliberativos indicados pelo BB nos casos excepcionais que vão à apreciação do Deliberativo e que deixam participantes sem atendimento. Isso envolve sérios riscos à saúde de todos.

O BB lembrou que as reservas da Cassi estão acabando e que existe uma decisão unânime do Conselho Deliberativo de contingenciar o orçamento. Mas afirmou que seus indicados já têm aceitado aprovar algumas exceções em casos que coloquem em risco a saúde dos participantes e que vai ficar atento aos casos futuros.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários (CEE) do Banco do Brasil e coordenador da mesa de negociação, será extremamente necessário ter as redações das propostas de alteração no Estatuto para discutir com os associados da Cassi: "As entidades precisam de todos os detalhamentos possíveis nas propostas apresentadas para ter a segurança sobre os compromissos firmados com ativos e aposentados. Continuaremos a fazer os debates nos locais de trabalho sobre o que está acontecendo na mesa de negociação." destaca.

Ficou acertado que a próxima reunião de negociação deve ocorrer em meados de agosto.


Contraf-CUT - 27/7/2015
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