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Sindicato faz ato no CAT contra demissões e metas

Linha fina
Dirigentes foram bem recebidos pelos trabalhadores, que estarão mobilizados na Campanha Nacional; também no Tatuapé, agência foi fechada para cobrar a reintegração de um bancário
Imagem Destaque
 São Paulo – O Sindicato foi até o Centro Administrativo Tatuapé (CAT) do Itaú para denunciar o assédio moral, as metas abusivas, o transporte insuficiente, e as demissões. No ato realizado na quinta-feira 30, um dia após atividade semelhante ter ocorrido no Centro Administrativo ITM, os dirigentes sindicais aproveitaram também para conversar com os bancários sobre a Campanha Nacional Unificada 2015.

> Fotos: galeria da manifestação no CAT
> Ato no ITM cobra fim das metas e demissões

“Fomos muito bem recebidos pelos bancários. Nas conversas com os trabalhadores, eles afirmaram que esperam uma Campanha Nacional Unificada difícil neste ano, mas que estarão mobilizados junto com o Sindicato em defesa dos empregos e por melhores condições de trabalho”, contou o dirigente sindical Sérgio Lopes, o Serginho.

Durante o ato, representantes dos trabalhadores distribuíram a última edição da Folha Bancária (clique aqui), que traz na capa uma matéria que denuncia os 3,6 mil cortes de postos de trabalho feitos pelo Itaú no último um ano e meio.

“O banco precisa parar de demitir e começar a contratar para ao menos aliviar a sobrecarga de trabalho. Também é necessário que não obrigue os bancários, que tiveram o cargo colocado à disposição, a se realocarem. Se não encontram a vaga, em um prazo de trinta dias, são demitidos”, afirma Serginho. “Reivindicamos que esses trabalhadores sejam encaminhados ao Centro de Realocação. O Itaú é que deve encontrar uma vaga para estes funcionários, e não o contrário”, acrescenta.

Transporte – Outro ponto destacado pelo dirigente como uma reclamação recorrente dos bancários do CAT é o transporte oferecido pelo banco, que piorou muito após o encerramento da linha Carrão. “O número de veículos é insuficiente. Os trabalhadores são obrigados a esperar por longos períodos ou sair de casa ainda mais cedo. A situação é ainda mais grave para os deficientes físicos”, explica Serginho.

Agência fechada – No mesmo dia em que foi realizado o ato no CAT, dirigentes sindicais fecharam a agência do Itaú localizada na Avenida Celso Garcia, também no Tatuapé. Os representantes dos trabalhadores cobram a reintegração de um bancário demitido por “exceder a segurança bancária”.

De acordo com Serginho, o trabalhador suspeitava que ocorreria um assalto na agência. Ele então acionou a segurança e a Polícia Militar, que verificou os suspeitos e, nada encontrando, liberou-os. No entanto, no dia seguinte, após não conseguir se comunicar com o marido, a esposa do bancário – que é ex-bancária – entrou em contato com o Itaú por acreditar que o funcionário tivesse sido sequestrado, o que horas mais tarde foi verificado como um engano da parte dela, imediatamente comunicado ao banco.

Ao retornar para o trabalho um dia após o ocorrido, o bancário já era esperado pela chefia, inspetoria e gestão de segurança do banco, quando foi comunicado da sua demissão, humilhado e acusado de roubo, mesmo verificado que o caixa da agência não apresentava nenhuma irregularidade.

“Cobramos a reintegração do bancário e uma mudança de postura da instituição quanto ao assédio moral cometido contra o trabalhador. Ele não pode ser punido por zelar pela sua própria segurança e a do banco. Inclusive, esse tipo de situação está relacionado com o altíssimo nível de estresse ao qual funcionários do Itaú são submetidos”, diz Serginho. “Caso o banco não reveja a punição, orientaremos o trabalhador quanto às medidas judiciais cabíveis”, destaca.


Felipe Rousselet – 30/7/2015
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