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BB vai mudar agências e Sindicato cobra garantias

Linha fina
Dirigentes sindicais reivindicam manutenção de verbas, dotação e condições de trabalho decentes; reformulação ocorrerá em cidades com menos de 100 mil habitantes de São Paulo e Santa Catarina que possuem agências próximas umas das outras
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São Paulo – O Banco do Brasil vai promover reestruturações em diversas agências do interior de São Paulo e de Santa Catarina. Mas os representantes da instituição financeira garantiram que não haverá perda de dotação ou descomissionamento para os bancários envolvidos no processo. As informações foram divulgadas na quinta-feira 30 em reunião entre diretores do banco e integrantes do movimento sindical no prédio da Superintendência, em São Paulo.

As reestruturações ocorrerão em cidades com menos de 100 mil habitantes que possuem mais de uma agência do Banco do Brasil em um raio de até 450 metros. Os funcionários das unidades fechadas serão realocados para as que permanecerão em funcionamento, garantiu o banco. A exceção se dará com os gerentes de serviço e gerentes gerais: para esses serão dadas opções de transferências para outros municípios.

O Plano de Aposentadoria Incentivada (PAI), que teve a adesão de 5 mil trabalhadores, auxiliará, explicaram os representantes do banco.

A justificativa do banco para essa reestruturação é “sobreposição de rede” causada pela aquisição dos bancos Nossa Caixa e Besc (Banco do Estado de Santa Catarina), em 2008 e 2009. As agências dessas instituições foram incorporadas e muitas cidades pequenas que já contavam com uma unidade bancária do BB passaram a ter outra.

“Reivindicamos para que essa fusão de agências não prejudique estes bancários, e não haja  perda de dotação nem de cargos”, diz o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários Banco do Brasil Wagner Nascimento. “Vamos monitorar o andamento do processo e é importante que cada sindicato acompanhe a situação em suas bases”, acrescenta o dirigente da Contraf-CUT.

Condições de trabalho – Na reunião também foram cobradas garantias de condições de trabalho decentes, já que os representantes do banco explicaram que as agências que continuarão em atividade vão passar por reformas. Enquanto isso, os funcionários dessas unidades ficarão lotados nas agências que serão fechadas. Quando isso não for possível, os reparos ocorrerão durante a noite.

O banco também garantiu que agências nos grandes centros, como São Paulo, não serão modificadas. “Mas uma ou outra sofrerá alterações pontuais e raras. A maior concentração está no interior”, relata o diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários Banco do Brasil João Fukunaga.

O dirigente ressalta que por se tratar de uma fusão de agências, os funcionários não podem ser penalizados por perda de verbas salariais e de carga horária devido ao plano de funções. “Os diretores do BB garantiram que os gerentes serão 100% realocados e que não serão prejudicados com mudança de carga horária ou perdas salariais. Também deixamos claro que não vamos aceitar que o banco agora diga que não vai descomissionar ou mexer na dotação para lá na frente descumprir suas garantias ou incentivar a saída de funcionários. Vamos acompanhar diariamente e daremos resposta a qualquer prejuízo que os trabalhadores sofrerem, incluindo gerentes”, afirma.


Redação – 30/7/2015
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