São Paulo – A agência do Santander alvo de arrombamento no final de semana continuou fechada na terça-feira 4. A unidade bancária localizada na zona sul de São Paulo funcionava sem vigilantes e outras medidas de segurança, como portas giratórias com detector de metal, por isso teve as atividades paralisadas pelo Sindicato.
> Arrombada agência do Santander na zona sul
Os seguranças armados foram demitidos mesmo depois de o local ter disso assaltado quatro vezes nos últimos dois anos.
É o quinto dia útil de paralisação. Dirigentes sindicais já coletaram cerca de 400 assinaturas de clientes cobrando a implantação de dispositivos de segurança. “A população apoia nosso movimento e condena o Santander pelo descaso à integridade física de quem frequenta a agência”, diz a dirigente sindical Wanessa Queiroz. “A paralisação vai continuar enquanto o banco não disponibilizar vigilância armada”, acrescenta.
A abertura de agências sem vigilantes e outras medidas de segurança é vedada pela lei que regulamenta a questão (7.102/83). No ano passado, durante as reuniões da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (Ccasp), a Polícia Federal aplicou multas contra 21 bancos por desrespeitos à Lei 7.102/83, totalizando R$ 19 milhões.
Segundo dados do Dieese com base nos balanços dos bancos, Itaú, BB, Bradesco, Caixa e Santander apresentaram lucros de R$ 60,3 bilhões em 2014. Já as despesas com segurança e vigilância somaram R$ 3,7 bilhões, o que representa média de 6,1% em comparação com os lucros auferidos.
“Esses números atestam que os bancos têm condições de fornecer mais segurança aos clientes e bancários, que são justamente aqueles proporcionam esses lucros astronômicos”, afirma o dirigente sindical Maurício Danno.
Rodolfo Wrolli – 4/7/2015
