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Ato pede reintegração de cipeiro demitido no Itaú

Linha fina
Manifestação no CAT também pede fim dor cortes em todo o banco e da cobrança abusiva de metas
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São Paulo – A demissão de um bancário integrante da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) motivou um ato promovido pelo Sindicato no CAT Itaú (Centro Administrativo Tatuapé), na manhã da sexta-feira 14. O caso se soma ao crescente número de demissões que estão ocorrendo no banco. Com isso, a manifestação obteve o apoio dos trabalhadores do local. “Eles acharam ótimo porque sabem que o que aconteceu com o cipeiro pode acontecer com qualquer um”, aponta o diretor do Sindicato, Sergio Lopes.

> Fotos: galeria do ato no CAT

Apesar da estabilidade para cipeiros, prevista em lei, o Itaú utilizou a alegação de “insubordinação e mau comportamento” para demitir o bancário por justa causa.  O dirigente lembra que demitir por justa causa é uma prática recente do banco e na maioria das vezes sem explicações claras e devidas. Como o código de ética do Itaú está sendo utilizado para basear os desligamentos, a orientação é que os bancários fiquem atentos e contatem o Sindicato. “A que ponto chegou o Itaú que demite um trabalhador com 29 anos de banco sem nunca ter tomado nenhuma advertência, com ótimas avaliações de performance e ainda por cima estabilidade garantida por lei”, critica Valeska Pincovai, diretora do Sindicato.

A dirigente conta que o bancário vinha sofrendo perseguição por parte de seu superintendente por causa de sua atuação como cipeiro em defesa dos trabalhadores. Os relatos que chegam ao Sindicato de várias unidades do Itaú, como CAT e ITM, apontam cobrança de metas pela exigência de venda de produtos e atendimento telefônico. Os funcionários não conseguem sequer ir ao banheiro ou tomar água.

“O Sindicato foi para a porta do CAT mostrar ao banco que não vamos aceitar essa decisão arbitrária que deixou o trabalhador sem nenhuma chance de defesa e humilhado perante seus colegas de trabalho. O funcionário ficou sem assistência alguma, como se fosse uma peça descartada e um trófeu na mão do superintendente que deve estar comemorando muito à custa do sofrimento do bancário”, afirma Valeska. “Se não voltarem atrás na demissão vamos continuar realizando paralisações. Essas dispensas são fruto da ganância dos bancos em ganhar dinheiro e não valorizar os que constroem o patrimônio deles, os funcionários”, completou Sergio.

Além da reversão da demissão o Sindicato reivindica que o banco negocie os problemas de pressão e metas da Central de Atendimento.


Luana Arrais – 14/8/2015
Atualizada às 16h40 de 17/8/2015
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