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Correspondente bancário do BB é assaltado

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Local não oferece segurança adequada; banco se exime de responsabilidade alegando que contrato não prevê intervenção nas dependências de terceiros
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São Paulo – Um correspondente bancário contratado pelo Banco do Brasil, localizado na zona norte da capital paulista, foi assaltado no fim da tarde da quarta-feira 12. Na ocasião, um grupo de quatro criminosos armados adentrou ao local e praticou o roubo sem encontrar qualquer resistência. Quando a polícia militar chegou, os ladrões já haviam fugido.

De acordo com o dirigente da Fetec/CUT-SP e funcionário do Banco do Brasil João Maia, o correspondente assaltado não oferece segurança compatível com a atividade bancária. “Apesar do grande movimento, apenas um vigilante faz a segurança do local e faltam equipamentos essenciais como câmeras e portas com detectores de metais”, denuncia.

Cobrado pelo Sindicato, o Banco do Brasil limitou-se a afirmar que não poderia interferir na questão e nem propor melhorias, uma vez que as dependências pertencem a terceiros e o contrato firmado não prevê intervenção dessa natureza por parte do banco.

“Exigimos providências do Banco do Brasil para que os trabalhadores terceirizados, que já são explorados e não possuem os mesmos direitos que os bancários, tenham a integridade física e mental preservada. É inadmissível a alegação do banco de que o contrato não permite uma intervenção. Como contratante dos serviços do correspondente, o banco também é responsável pela segurança dos trabalhadores e clientes”, enfatiza João Maia.

PL da Terceirização – O caso desse correspondente do BB assaltado, e também a omissão do banco sobre qualquer responsabilidade quanto à segurança do estabelecimento, evidenciam a importância da resistência do movimento sindical à aprovação do PL da Terceirização, em trâmite no Senado como PLC 30/2015. Ao permitir a terceirização sem limites, inclusive para atividades-fim, o projeto legaliza situações como a dos correspondentes, que realizam atividades de natureza bancária sem atender às normas de segurança exigidas em agências.

“Este tipo de absurdo, caso o PL da Terceirização for aprovado no Senado, será legalizado e ampliado, uma vez que o projeto permite a terceirização ampla e irrestrita, até mesmo para as atividades-fim, e também acaba com a responsabilidade solidária por parte da empresa contratante”, diz João Maia.


Felipe Rousselet – 14/8/2015
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