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Contra assédio moral, Sindicato fecha agência do BB

Linha fina
Funcionária do Banco do Brasil sofreu perseguição por parte de gestores, o que ocasionou seu adoecimento
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São Paulo – O Sindicato paralisou uma agência do Banco do Brasil em Carapicuíba, em protesto contra o assédio moral ao qual uma bancária foi submetida. Por conta da perseguição que sofria por parte de gestores, o que ocasionou grande desgaste físico e psicológico, a trabalhadora adoeceu e teve que iniciar tratamento contra a depressão. Mesmo após o dano causado, o assédio moral perdurou por meio de avaliações de desempenho negativas, consideradas injustas pela bancária, e comentários jocosos que denigrem a imagem da trabalhadora.

> Fotos: galeria do ato em Carapicuíba

A situação insustentável fez com que ela denunciasse os abusos ao Sindicato, que por sua vez encaminhou a denúncia ao banco para que as devidas providências fossem tomadas. Mas o BB alegou que, após apuração, não foi comprovado o teor das denúncias. Diante da recusa em solucionar de forma definitiva a questão, o Sindicato paralisou a agência na terça-feira 18, em protesto contra o assédio moral e outras irregularidades.

“Esta situação é absurda. A bancária possui muito tempo de banco e nada consta contra o seu desempenho profissional. Após receber a solidariedade de clientes, que perceberam a carga excessiva de trabalho a qual era submetida, a bancária passou a ser perseguida pelos gestores, o que acarretou em problemas para a sua saúde”, conta o dirigente sindical Felipe Aurélio Garcez.

Ambos os gestores que praticaram o assédio moral são reincidentes. Em 2013, a agência onde um deles trabalhava também foi paralisada pelo Sindicato em razão da demissão por justa causa de uma funcionária que sofria perseguição por questionar abusos da gerência como, por exemplo, sugerir a venda casada de produtos, o que é proibido por lei. Já o outro foi responsável pelo pedido de desligamento de um bancário que também sofria perseguição no local de trabalho.

> Contra demissão, Sindicato para agência do BB

Denuncie – Dirigentes sindicais reforçaram em conversa com os bancários que o assédio moral deve ser denunciado. Conquista da Campanha 2010, o Sindicato possui um canal de combate à prática que assegura o sigilo absoluto da identidade da vítima (clique aqui). A denúncia é apurada junto ao banco, que tem até 45 dias para responder.


Felipe Rousselet – 18/8/2015
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