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BB fecha os olhos à saúde dos funcionários

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Na segunda rodada de negociação específica da Campanha Nacional Unificada 2015, direção da empresa volta a desconversar sobre reivindicações dos trabalhadores.
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São Paulo – Adiar todos os debates relacionados à saúde do trabalhador e à Cassi (Caixa de Assistência dos Funcionários do BB). Foi essa a proposta dos representantes do Banco do Brasil, duramente criticada por dirigentes sindicais, nesta terça 25, durante a segunda rodada de negociação específica que discute, dentro da Campanha Nacional Unificada, a renovação do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

João Fukunaga, diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, ressalta que os representantes da empresa mantiveram postura adotada na primeira reunião, segunda 24, quando afirmaram “desconhecer” que as condições de trabalho pioraram.

> BB “desconhece” condições de trabalho

“Na verdade a instituição fecha os olhos para um problema que se agrava a cada dia: as condições de trabalho. São diversos casos de assédio moral e de pessoas que se afastam por adoecimento”.

Os sindicalistas reivindicaram que, além de medidas que coíbam a violência organizacional, o banco arque com todas as despesas médicas e de tratamento de funcionários que adoecem. “Atualmente essa conta vai para a Cassi e até mesmo para a Previdência Social. Mas se a situação foi provocada pela empresa é ela que tem de custear o tratamento e garantir um retorno adequado à pessoa”, reforça Fukunaga. Os representantes do banco sinalizaram que podem vir a discutir o assunto em uma mesa específica.

Cassi – Para a reivindicação de incorporar os oriundos de bancos incorporados – como a Nossa Caixa – na Cassi, os negociadores do BB responderam que só podem discutir o assunto após ser resolvida a situação deficitária do plano de assistência à saúde.

Sobre a proposta dos trabalhadores de fortalecer a Estratégia Saúde da Familia, a instituição concorda em aprofundar a discussão, mas somente em mesa específica sobre Cassi. “O banco diz que é caro investir nesse programa. Mas aqui o debate não se trata de custo, mas de investimento, pois no longo prazo tanto os usuários quanto a própria Cassi irão se beneficiar dessa medida que prioriza o caráter preventivo e não o curativo”, acrescenta João Fukunaga.

A postura da empresa foi de negar outras reivindicações como a melhora de reembolsos médicos e hospitalares e para que o plano odontológico passasse a ser gerido pela Cassi, passando a atender também aos aposentados.

Outras rodadas – As negociações com o BB retornam em 31 de agosto com os temas segurança, igualdade de oportunidades e isonomia; em 11 de setembro, cláusulas sociais e previdência complementar; e 18 de setembro com remuneração e plano de carreira.


Jair Rosa – 25/8/2015
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