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Itaú despreza condições de trabalho no CT

Linha fina
Bancários de dois setores encaram rotina degradante causada por sala abarrotada e móveis inadequados; cobrado pelo Sindicato, banco não atende reivindicações por jornada profissional digna
Imagem Destaque
São Paulo – As condições de trabalho estão sendo ignoradas em um das concentrações mais importantes do Itaú: o Centro Tecnológico (CT), na Avenida do Estado. Bancários de dois setores – Compensação e Área de Tecnologia (Atec) – sofrem com mobiliário inadequado e superlotação.

Na Compensação, parte dos funcionários encara toda a jornada laboral de pé, debruçados sobre uma mesa. Essa realidade obriga os mais altos a trabalharem encurvados durante horas. Já quem é menor, especialmente as mulheres, têm de improvisar e subir em gavetas de aço para alcançar a bancada.  “O pessoal está se virando do jeito que pode. A gente reclamou, mas parece que os gestores apostam no ‘eu mando e vocês obedecem’”, critica um bancário do setor.

O Sindicato acionou o banco, que não atendeu às reivindicações sugeridas. “Cobramos a troca do mobiliário ou a realocação dos empregados para um antigo local, onde eles trabalhavam sentados, mas o Itaú negou as duas propostas sem dar explicações convincentes”, informa o dirigente sindical Wagner Fantini.

Atec – Na área de tecnologia (Atec), cerca de 50 funcionários lotados no primeiro andar trabalham apinhados em uma sala que comporta a metade. Cobrado pelo Sindicato, o banco alega que isso ocorre devido ao desenvolvimento de um produto (software), o que demandou a contratação de mão de obra extra.

“A informação do Itáu é que essa situação será regularizada apenas em outubro, que é o prazo previsto para o término do produto. Mas faz mais de quatro meses que estamos reivindicando condições de trabalho dignas para os trabalhadores, que são os responsáveis pelos lucros bilionários do banco. Isso sim muda o mundo”, afirma Wagner Fantini.


Redação – 25/8/2015
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