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Definida estratégias e plano de lutas da CUT-SP

Linha fina
Enfrentamento ao conservadorismo, às políticas neoliberais e defesa do projeto popular de governo estão entre as prioridades
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Águas de Lindóia - Os delegados e delegadas do 14º Congresso Estadual da CUT São Paulo votaram na quinta 28 as estratégias e o plano de lutas para o próximo período, após quase seis horas de muitos debates num plenário com quase 900 sindicalistas. Os pontos aprovados serão encaminhados como orientação ao 12º Congresso Nacional da CUT, que ocorrerá de 13 a 16 de outubro.

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Entre os eixos estratégicos nacionais e estaduais, os delegados/as iniciaram a votação reafirmando o posicionamento da Central em defesa da reforma política, por meio de uma Constituinte exclusiva, como caminho para combater a corrupção, além do fim do financiamento empresarial de campanha eleitoral, fidelidade partidária e programática, tramitação diferenciada e prioritária dos projetos de lei de iniciativa popular.

E numa conjuntura na qual setores conservadores defendem a redução da maioridade penal, os delegados/as aprovaram um conjunto de propostas para defesa e garantia de direitos das crianças e os adolescentes, entre as quais o fortalecimento de uma educação inclusiva que respeite a a diversidade racial, sexual e cultural.

Partindo do pressuposto de que a indústria é peça fundamental para o desenvolvimento do país, foi aprovada a criação do Observatório da Indústria, com o objetivo de influenciar qualitativamente no debate público sobre o tema na ótima dos trabalhadores (as). E, especialmente nesse momento de crise econômica, a defesa intransigente da proteção ao emprego foi ressaltada por todos os participantes.

Foi definida a realização de campanha para a assinatura e a ratificação das Convenções A-68 e A-69 da Organização dos Estados Americanos (OEA), contra toda forma de racismo, discriminação e intolerância e, ainda, a promoção da inclusão da juventude negra nas diretorias dos sindicatos.

Entre outros avanços, foi aprovada a orientação para que os sindicatos tenham ao menos 10% de jovens em suas direções, além da ampliação do processo de formação desse segmento, com o intuito de trocar de experiências e fortalecer a organização do jovem trabalhador.

Em relação à mulher trabalhadora, o conjunto de propostas aprovadas definiu a inclusão de cláusulas de gênero nas mesas de negociação que deem garantias às mulheres em situação de violência doméstica; realização de campanha pelo compartilhamento das responsabilidades familiares e de tarefas domésticas; pressionar os governos de todas as esferas para que assumam o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.

Foi aprovada, ainda, a criação da Subsede de Marília, para ampliar a atuação cutista na região.

Plano de Lutas - Numa conjuntura de crise econômica, avanço do neoliberalismo e propostas da direita ganhando espaço na sociedade, o próximo período de gestão da CUT São Paulo promete muitos desafios e ainda mais enfrentamentos que nos últimos três anos.

Por isso, entre os principais pontos aprovados para o plano de lutas que orientará as ações nos próximos quatro anos estão: reforma tributária; combate às terceirizações nos setores público e privado, bem como a alta rotatividade da mão de obra; lutar por uma educação pública laica e de qualidade; democratização da comunicação e regulação da mídia; fortalecimento da organização no local de trabalho.

A ampliação do Fórum dos Movimentos Sociais é outra demanda, para articular as lutas e enfrentamentos em todo o estado paulista.

Nos eixos de atuação da CUT Estadual e Nacional, também foram aprovadas, entre outras propostas, o fortalecimento da agricultura familiar e contra os agrotóxicos; fortalecimento da política das subsedes da CUT São Paulo; expansão da rede de comunicação sindical e o fortalecimento da parceria com a Rede Brasil Atual e TVT.


Flaviana Serafim, da CUT-SP - 28/8/2015
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