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Plano de abandono da Torre Santander é ineficiente

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Simulação de evacuação apresentou sérios problemas que colocam em risco a segurança dos trabalhadores
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São Paulo – Um prédio de 28 andares e 130 mil metros de área construída, onde trabalham mais de seis mil bancários. Um plano de abandono eficiente é fundamental para garantir a segurança  em um local de trabalho com estas dimensões no caso de uma emergência. Porém, isso não acontece na Torre, sede do Santander localizada na zona sul da capital paulista. Em simulação de evacuação, realizada em 10 de setembro, foram identificados diversos problemas que colocam em risco a vida dos trabalhadores.

Entre as falhas apresentadas estão: quadro reduzido de bombeiros; o fato de uma das catracas ter quebrado durante o teste, necessitando de abertura manual; um dos elevadores blindados fora de funcionamento, sendo que o único operando demorava, o que gera preocupação em relação aos portadores de deficiência física, grávidas e pessoas com mobilidade reduzida; brigadistas que não foram convidados para reuniões prévias e, portanto, não conheciam os procedimentos do Pase (Plano de Ação em Situação de Emergência); além da grande quantidade de salas fechadas, especialmente nos andares mais altos (24, 25 e 26), de onde muitos trabalhadores não conseguiram escutar o alarme sonoro.

O dirigente sindical e bancário do Santander Ramilton Marcolino, presente na simulação, lembra que poucos meses atrás houve um princípio de incêndio no prédio, ocasionado por um curto circuito, e destaca que as falhas no plano de abandono são de inteira responsabilidade da direção do banco, uma vez que brigadistas e cipeiros indicados pelo Sindicato tiveram atuação exemplar no teste.

“Queremos que o Santander dedique ao menos o mesmo empenho e esforço que aplica na conservação do carro de Fórmula 1, ou das oliveiras do jardim, para que a segurança dos mais de 6 mil trabalhadores da Torre esteja garantida”, diz Ramilton.

“Propomos que o banco distribua cartilhas e disponibilize um curso online explicando o Pase. Além disso, é necessário mais dedicação para com os portadores de deficiência, grávidas e pessoas com mobilidade reduzida, disponibilizando cadeiras teste para a locomoção destas pessoas e, principalmente, maior atenção com a manutenção dos elevadores”, cobra o também dirigente e bancário do Santander Welington Corrêa.


Felipe Rousselet – 16/9/2015
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