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Bancários fazem assembleia sobre greve

Linha fina
Categoria reúne-se na quinta, na Quadra, para deliberar sobre proposta desrespeitosa da Fenaban. Comando indica rejeição da proposta e aprovação de greve por tempo indeterminado a partir de terça
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São Paulo - Chegou a hora de dizer um grande "não" para a proposta desrespeitosa feita pela federação dos bancos (Fenaban) para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). E será na assembleia desta quinta 1º, na Quadra, a partir das 19h.

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O sentimento da categoria colhido pelos dirigentes do Sindicato no Dia Nacional de Luta, realizado na terça 29, é de revolta e indignação com o índice de reajuste 5,5% proposto. O índice não chega nem perto de cobrir a inflação, gerando perdas de 4% para a categoria nps salários e demais verbas como PLR, vales, piso. Perdas tão significativas que reverteriam os aumentos reais de 1,82% e 2,02% conquistados com muita luta em 2013 e 2014.

> Dia de Luta contra proposta da Fenaban

No vale-refeição, esses 5,5% não dariam nem para uma coxinha, representando apenas R$ 1,43 a mais no dia.

E o abono de R$ 2,5 mil é uma pegadinha. Primeiro porque não se integraria aos salários, seria pago só uma vez. Por conta disso, também não se incorporaria ao FGTS, à aposentadoria nem ao 13º salário, gerando perdas enormes no longo prazo. Fora que nem seriam sequer esses R$ 2,5 mil, porque sobre eles, o bancários teriam de pagar imposto de renda e INSS.

> Abono não pode substituir reajuste

O desrespeito passa a ser ultraje quando vê-se que os principais bancos lucraram R$ 36,3 bilhões somente no primeiro semestre deste ano, 27,3% a mais do que o mesmo período do ano passado. Ou quando se revela que desde 2013 aumentaram as tarifas 9,83 vezes mais do que o que pagam para os bancários. Só com o que arrecadam com elas, daria para cobrir todas as folhas de pagamento, sem esvaziarem os cofres, e com sobras.

> Para tarifas 169%, para bancários 17,18%

E falar em crise, então, para negar as reivindicações da categoria, num setor que paga, em média, quase R$ 420 mil por mês para cada executivo, contra o salário médio de R$ 6,2 mil para os trabalhadores? Justamente eles, os bancários, grandes responsáveis por ir para a linha de frente e gerar tanto resultado.

> Perdas para bancários, fortunas para executivos

Mas a categoria não leva desaforo para casa e já deu uma prévia do que acha da proposta. Em enquete realizada pelo Sindicato, com cerca de 9,5 mil respostas, dois em cada três (63%) que participaram optaram pela resposta mais dura: "desrespeitosa". Outros 26% escolheram "péssima" e o "ruim" recebeu 8%. O aceitável, parcos 3%.

97% dos bancários rechaçam proposta

Agora é a hora de levar a indignação para a vida real e, na assembleia, deixar claro para os banqueiros que não se pode desrespeitar a categoria. O Comando Nacional dos Bancários, que negocia com a Fenaban, já orientou, que a categoria rejeite categoricamente a proposta e aprove greve por tempo indeterminado a partir da terça 6.

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Redação - 30/9/2015

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