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Oitavo dia de greve fecha 856 locais

Linha fina
Bancários mostraram que feriado não arrefeceu a mobilização e que para acabar com a paralisação, bancos terão de apresentar proposta digna
Imagem Destaque

São Paulo – Os bancários mantiveram agências fechadas em São Paulo, Osasco e região nesta terça-feira 13, oitavo dia de greve nacional da categoria. Ao todo, foram 851 agências e cinco centro administrativos paralisados logo depois da volta do feriado, envolvendo aproximadamente 24 mil trabalhadores em São Paulo, Osasco e região. No Brasil, foram 11.437 agências em 26 estados e o Distrito Federal.

> Fotos: leste, norte, oeste e sul
> Fotos: centro, Paulista e Osasco

“Os bancos estão sendo oportunistas e querem se aproveitar da crise para acabar com o modelo de aumento real”, ressalta a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. Ela destaca que ao contrário de outros segmentos, o setor financeiro vai muito bem. “Se comparamos o lucro do setor financeiro na economia vemos que outros setores com ganhos bem menores ou perdas, no primeiro semestre, tiveram aumento real na maioria das negociações este ano. A rentabilidade do patrimônio líquido dos bancos segue entre as mais elevadas da economia brasileira. Negam reposição da inflação para os trabalhadores e reajustam seus altos executivos em até 81%”, acrescentou Juvandia, também uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, que negocia com os bancos.

> Áudio: conheça o funk Ostentação!
> Reajuste aos diretores de até 81%
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> Setores com lucros menores pagam aumento real  

A terça-feira pós feriado foi de muita mobilização em todas as regiões de São Paulo. Na zona norte, bancários reclamaram da proposta com perdas cientes de que não há crise para os bancos. Na leste, foi paralisada a Superintendência regional da Caixa na Penha. O local comanda mais de 68 agências na região e distribui metas

> 8º dia: Indignação geral na norte 
> Greve segue forte na leste no 8º dia

Na zona sul, as metas abusivas também foram motivos de reclamação dos funcionários, além da proposta rebaixada apresentada pela Fenaban que tem perdas na remuneração da categoria. O sentimento de indignação foi compartilhado por bancários na zona oeste, Paulista e também em Osasco.

> Bancários da zona sul contra metas abusivas
> População de Osasco defende greve
> Proposta revolta bancários da zona oeste

Vitória - Além de mostrar determinação nas ruas, os bancários também mostram força na Justiça. O Itaú está proibido de alterar locais de trabalho dos empregados ou outros atos de contingenciamento que firam o direito de greve. A decisão do juiz da 35ª Vara do Trabalho de São Paulo saiu na sexta-feira 9, após o Sindicato ingressar com ação denunciando, com provas enviadas pelos trabalhadores, os absurdos cometidos.

> Direito de greve tem de ser respeitado

No dia 25 de setembro a federação dos bancos (Fenaban) ofereceu reajuste de 5,5% mais abono de R$ 2,5 mil, termos considerados desrespeitosos pela categoria, que os rejeitou e deflagrou greve a partir do dia 6. De lá para cá, nenhuma nova proposta foi apresentada ou sequer uma negociação foi agendada.

> Razões não faltam pra parar, bancário!

Assembleia - “Os bancários estão de parabéns pela luta”, disse Juvandia aos trabalhadores que participaram da assembleia organizativa na tarde da terça-feira 13, na Quadra. “Estamos parando setores estratégicos, estratégicos, centenas de agências em segmentos importantes, inclusive alta renda. E assim vamos continuar, cada vez mais fortes, nossa greve é justa”, ressaltou a dirigente.

> Vídeo: bancários mantêm greve

Trabalhadores nas ruas – Um grande ato conjunto será realizado na sexta-feira 16, na Avenida Paulista. A concentração será a partir das 15h, no vão livre do Masp. Bancários e petroleiros estão em campanha e a luta é, além de aumento real para salários, por manutenção dos empregos, contra a sobrecarga de trabalho que adoece e a terceirização fraudulenta de mão de obra. Também participarão trabalhadores do setor de alimentação, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e Movimento dos Sem Terra (MST), cobrando respeito aos seus direitos.

Organização – O Comando de Greve reúne-se diariamente na sede do Sindicato (Rua São Bento, 413, Centro), às 17h. Nova assembleia será realizada na segunda-feira 19, às 17h, na Quadra (Rua Tabatinguera, 192, Sé). Nesse dia, a reunião do Comando de Greve será às 16h.

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Redação - 13/10/2015
(Atualizada às 19h04)
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