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Bancários da zona sul firmes na greve

Linha fina
Funcionários do Centro Administrativo Santander, Casa 1, voltaram a paralisar atividades. Atendentes do Banco do Brasil também estão mobilizados ao lado do Sindicato para ampliar movimento em outros locais
Imagem Destaque

São Paulo – “No meu setor a adesão é quase que total. Está consolidado e acho essencial ir além. Não podemos achar que paralisar apenas nosso departamento é suficiente. Não é. Temos muitos colegas que ainda não entraram na luta e precisamos deles para sairmos vitoriosos. Por isso, desde o primeiro dia tenho acompanhado os diretores do Sindicato para ajudar. E acho que todos os grevistas têm de fazer o mesmo.” O relato de um funcionário do SAC (Serviço de Apoio ao Cliente) do Banco do Brasil reflete o comportamento ideal para fazer crescer a greve que chegou ao 11º dia na sexta-feira 16.

> 11º dia: categoria firme e forte na greve

O SAC e a CABB (Central de Atendimento do Banco do Brasil), na zona sul da capital, estão paralisados desde o início do movimento em 6 de outubro, em resposta à proposta das instituições financeiras de querer impor perda de 4% aos trabalhadores.

> Atendentes não arredam pé da greve

“Todos os dias nos reunimos bem cedo para organizar a paralisação e visitamos agências do Banco do Brasil da região. Falamos com colegas e percebemos que a cada dia mais pessoas aderem. Eles estão entendendo que esse índice (5,5%) pode representar o início de uma fase de retrocesso para todos”, destaca uma funcionária da CABB.

Santander – A cerca de quatro quilômetros da concentração do banco público, os funcionários do Centro Administrativo Santander, o Casa 1 (foto), também continuam de braços cruzados. Um deles, com mais de vinte anos na categoria bancária e tendo passado por instituições financeiras que nem sequer existem mais, faz um alerta importante. “Está muito parecido com os anos 1990. ‘Inventaram’ o abono e, no começo, até contávamos com ele a cada época de reajuste, mas depois vimos que era armadilha pois mal dava para cobrir o cheque especial. Depois passaram a querer tirar coisas nossas, como o anuênio que muita gente optou por ‘vender’ na época”, recorda o funcionário. “Quando entrei no meu primeiro banco nem cesta-alimentação tinha. Ela só veio depois de muito tempo e com muita luta do Sindicato e da categoria. Agora, se deixarmos que o abono volte a substituir o aumento salarial, abriremos brecha perigosa para quererem retirar outros direitos. Não podemos aceitar isso.”

Além do SAC, CABB e Casa 1, bancários do Casa 3, na Avenida Interlagos, também pararam na zona sul.


Jair Rosa – 16/10/2015

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