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BB tenta desmobilizar bancários com assédio moral

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Dirigentes paralisaram Superintendência Regional Oeste, na capital paulista, por conta da perseguição contra trabalhadores em greve
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São Paulo - A greve dos bancários segue firme em dia de negociação. Os bancos estão sentindo a pressão e alguns gestores utilizam o assédio moral como arma para tentar desmobilizar os trabalhadores. É o caso da Superintendência Regional Oeste do Banco do Brasil, que persegue funcionários que aderiram ao movimento. Nesta sexta 23, dirigentes sindicais paralisaram as atividades do prédio, na Lapa, para denunciar a prática antissindical.

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De acordo com denúncias recebidas pelo Sindicato, essa Superintendência, que é reincidente em casos de assédio moral, está pressionando gerentes para reprimirem os trabalhadores que fizerem greve. Além disso, a comissão sobre a venda de produtos está sendo utilizada para ameaçar os bancários.

“A superintendência diz para o bancário que ele nunca será comissionado caso faça greve. E, com aqueles que já são comissionados, ameaça tirar a comissão”, conta o dirigente sindical e bancário do BB Cláudio Luís de Souza.

“A pratica de assédio é prejudicial para o bancário e também para o banco. Muitos trabalhadores adoecem, são afastados ou passam a trabalhar à base de remédios. Com o tempo, como o BB não repõe o bancário afastado, essa postura sobrecarrega os funcionários e inviabiliza a mão de obra”, afirma o também dirigente e empregado do BB Paulo Rangel. “As metas e a forma de cobrança já são abusivas, mas a situação piora quando o gestor se coloca na posição de patrão e não se vê como funcionário. O clima que já é ruim nas agências fica ainda pior”, acrescenta.

Denuncie – No ato, dirigentes destacaram a importância dos bancários denunciarem qualquer tentativa de intimidação por parte de gestores através do canal do Sindicato (clique aqui).

“Há muito tempo o Banco do Brasil usa o assédio moral como forma de gestão. Cobramos o fim dessa institucionalização velada do assédio. Para isso, é muito importante que os trabalhadores denunciem qualquer tentativa de intimidação pelo canal do Sindicato, que garante sigilo total”, destaca Cláudio Luís.

“A greve em si já é uma resposta a essa má postura de alguns gestores e do próprio banco. O Sindicato também já move ação junto ao Ministério Público do Trabalho contra práticas antissindicais do Banco do Brasil. Esperamos que a direção da instituição tome providências em relação aos abusos dessa superintendência”, cobra o dirigente sindical e integrante da Comissão de Empresa dos Bancários do BB, João Fukunaga.

Além da Superintendência Regional Oeste, também foram paralisadas as atividades da agência Estilo da Lapa e da agência Nossa Senhora da Lapa, que funcionam no mesmo local da gerência.


Felipe Rousselet – 23/10/2015 
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