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Gerentes do Itaú são vítimas de assédio

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Gerência regional norte, de São Paulo, expõe ao constrangimento em reuniões onde são cobradas, na frente de todos, estratégias e projeções de cada local de trabalho
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São Paulo – Reuniões periódicas que expõem o trabalho dos participantes ao julgamento de superiores, na frente de todos, onde são feitas cobranças incisivas, comparações e ameaças de demissão. É esse tipo de situação, configurando assédio moral, que gerentes de agências e módulos do Itaú enfrentam na região norte da capital paulista.

O Sindicato, por meio dos seus dirigentes, tem recebido inúmeras reclamações de gerentes sobre as reuniões promovidas pela gerência regional norte do Itaú. Segundo relatos, essa gerência reúne-se periodicamente com os gerentes de agências e módulos, divididos em grupos de acordo com o tamanho da unidade da qual são responsáveis. Nesses encontros, cada gestor tem de apresentar estratégia e projeção de pontos que a agência pretende alcançar no Agir.

“Se a gerência regional considera a pontuação baixa, fala que o gestor pensa pequeno. Se ele faz uma projeção maior e depois não atinge o resultado, na próxima reunião a gerência regional fala que ele não sabe fazer projeção. Faz ameaças veladas de demissão. Isso na frente dos outros gerentes”, conta a dirigente sindical e bancária do Itaú Márcia Basqueira.

“Além dessa postura claramente assediadora, não são levados em conta nas reuniões especificidades e imprevistos de cada local de trabalho. O gerente pode fazer uma projeção agora e daqui a três meses perder dois funcionários por afastamento motivado por doença”, acrescenta a dirigente.

De acordo com Márcia, o Sindicato procurou a gerência regional para cobrar providências sobre a condução dessas reuniões, mas não teve uma resposta positiva. “A gerência alegou que são os gerentes de agências que pedem a reunião. Para tentar provar sua tese, fez com que gerentes afirmassem isso na minha frente. Mas que gerente vai falar qualquer coisa negativa em relação ao banco na frente do gestor?”, questiona.

A dirigente afirma que se esse modelo de reunião não cessar, o Sindicato irá realizar atividades de protesto denunciando a prática assediadora.

“Expor trabalhadores ao constrangimento e humilhação em público, fazendo ameaças veladas de demissão, é inadmissível. O Sindicato não pode aceitar esse tipo de tratamento vexatório para com qualquer bancário, seja ele caixa, analista ou gerente”, finaliza Márcia Basqueira.


Felipe Rousselet – 25/11/2015
 
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