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Sindicato é contra mudanças em convênio do Itaú

Linha fina
Em reunião com representantes do banco, além do plano de saúde, dirigentes sindicais criticaram demissões em 2015 e cobraram ações sobre programa Agir nas agências digitais e casos de assédio moral
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São Paulo – Durante uma reunião com representantes do Itaú na tarde da quarta-feira 16, dirigentes do Sindicato criticaram a proposta do banco de alterar o plano de saúde oferecido aos novos contratados. O modelo, que entrou em vigor em 1º de dezembro deste ano, foi feito à revelia do movimento sindical, vai contra todos os debates já realizados e não contempla os pontos defendidos pelo Sindicato em relação aos trabalhadores. O plano por faixa etária, por exemplo, é mais caro para o bancário e não tem limite de custo mensal de gastos como era no antigo convênio.
“Somos totalmente contra esse modelo. Defendemos um plano familiar como é o de hoje para os atuais funcionários, e com limite mensal de desconto. Não podemos aceitar que novos trabalhadores tenham diferenciação dos antigos, isso é discriminação”, critica a dirigente sindical e funcionária do Itaú, Valeska Pincovai. Ela adiantou que o Sindicato vai acionar a Justiça para denunciar as práticas abusivas do banco.
Outra crítica dos representantes dos trabalhadores é em relação aos dados apresentados pelo banco sobre demissões. Segundo eles, o Itaú teria dispensado 3.104 bancários somente em São Paulo em 2015, alegando ainda que foram mais contratados do que demitidos. O número é questionado pelo movimento sindical, já que os dados computados nas bases são bem maiores do que os apresentados pelo banco durante a reunião.
“Em São Paulo houve muitos desligamentos, a maioria deles na área de tecnologia, entre novembro e dezembro”, afirma Valeska. “Cobramos do banco a responsabilidade em realocar esses trabalhadores e discutir com o Sindicato o futuro dessa área, pois apesar de eles negarem, nós sabemos que esse departamento passa por uma reestruturação.”
Programa Agir – Na reunião, os dirigentes também questionaram o funcionamento do programa Agir em relação à transferência de clientes das agências físicas para as agências digitais, já que o funcionário perderia clientes da sua carteira mas não teria adequação das metas. O Sindicato quer que o banco corrija esse procedimento e diminua as metas. “Se o funcionário perde clientes, não é justo que fique com as mesmas metas”, reforça Valeska.
O Sindicato cobrou posicionamento do Itaú sobre essa situação de realocação de funcionários de agências físicas que se tornam digitais, sobre a cobrança por metas e sobre o assédio moral nessas agências. O grande número de demissões por justa causa e os casos de funcionários afastados por problemas de saúde relacionados à pressão e ao assédio também estiveram na pauta das discussões. O banco garantiu que fará reuniões trimestrais com o movimento sindical para debater a questão do emprego, e marcou uma nova rodada para segunda-feira 21, para discutir a reestruturação da área de tecnologia.
William De Lucca – 17/12/15
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