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Mais uma reunião e mais enrolação do Itaú

Linha fina
Em negociação sobre reestruturação do setor de tecnologia, banco não apresenta dados; Sindicato cobra realocação dos trabalhadores em vez de demissão
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São Paulo – Contrariando sua própria propaganda de Natal, que diz que o coração é mais importante que a tecnologia, o Itaú segue sem tratar os seus bancários com o respeito que merecem. Durante reunião com o Sindicato na segunda-feira 21, interlocutores da instituição financeira não apresentaram dados concretos para negociar a reestruturação do setor de tecnologia e negaram que as demissões deste ano foram ocasionadas pelas mudanças na área.

“Eles continuam dizendo que os desligamentos têm a ver com a baixa performance dos trabalhadores, mas sabemos que isso não é verdade. Elas têm, sim, relação com o que chamam de horizontalização”, disse a diretora do Sindicato Valeska Pincovai.

Durante a reunião, o banco admitiu que a área seguirá em processo de reestruturação, mas não apresentou números e previsões de cortes. O Sindicato cobrou um diálogo franco sobre o assunto, e que o Itaú faça levantamento dos trabalhadores que querem mudar de área para evitar demissões. Os representantes do Itaú se comprometeram em realizar outra reunião, até o começo de janeiro.

“Esperamos que eles venham com dados, porque não dá para falar sobre o assunto sem informações. O banco desligou centenas de trabalhadores, sem critério, de forma desumana, e isto é inaceitável”, criticou Valeska.

O Itaú apresentou lucro líquido recorrente de R$ 18,059 bilhões nos primeiros nove meses de 2015, resultado 20,7% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. O desempenho positivo, no entanto, foi acompanhado da redução de 2.642 postos de trabalho na comparação entre setembro de 2014 e igual mês deste ano.

> Lucro do Itaú cresce 20,7% em um ano

“Não há justificativa para isso. Há diversas agências com número reduzido de funcionários para onde as pessoas podem ser transferidas, aliviando a sobrecarga de trabalho e evitando dispensas. E é isso que continuamos a cobrar do banco”, acrescentou Valeska.


William De Lucca – 21/12/15
 
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