São Paulo – Os trabalhos no Congresso começaram nesta terça-feira 2 e os bancários estão mobilizados contra a ameaça representada pelo Projeto de Lei do Senado (PLS) 555, que pretende transformar em sociedades anônimas empresas públicas como a Caixa e o BNDES. Na terça 2, dirigentes sindicais foram a Brasília e pressionaram, nos gabinetes, os parlamentares a votar contra o texto. O PLS 555 será um dos primeiros a ser apreciado pelo Senado.
Na quarta-feira 3, em São Paulo, representantes dos trabalhadores distribuirão à população no Brás e na Avenida Paulista carta denunciando os riscos que o PLS constitui à sociedade. Os protestos na capital paulista fazem parte do dia nacional de luta contra o projeto privatista, com mobilizações em todo o país.
“Esse projeto significa abertura das portas para uma nova onde de privatizações”, afirma Dionísio Reis, diretor executivo do Sindicato e empregado da Caixa. “E o risco representado é as empresas públicas não desempenharem seu papel social para a população”, alerta.
Patrimônio em risco – O PLS 555 é a junção dos PLSs 167 e 343 – cujos autores são, respectivamente, os senadores tucanos Tasso Jereissati e Aécio Neves – e do anteprojeto apresentado pelos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, ambos do PMDB.
Além de determinar que empresas 100% públicas como a Caixa, Correios e BNDES tornem-se sociedades anônimas, o projeto interfere na gestão de empresas de economia mista como Banco do Brasil e Petrobras, ao limitar investimentos e vetar a participação de pessoas ligadas a partidos ou sindicatos (isso inclui os trabalhadores sindicalizados) nos conselhos de administração.Site – As informações sobre a luta contra o PLS 555/2015 são encontradas no www.diganaoaopls555.com.br.
Redação – 1º/2/2016
(Atualizado às 17h39 de 2/2/2016)
