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Sindicato é contra idade mínima para aposentadoria

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Reforma da Previdência não é prioridade para os trabalhadores. Presidente da CUT e representantes das demais centrais sindicais cravam: Fórum é para debater mudança da política econômica para retomar o desenvolvimento
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São Paulo - CUT e centrais sindicais deixaram claro: o Fórum que se reuniu nessa quarta-feira 17, em Brasília, discute muitas outras questões e mais relevantes que a Previdência. “Nossa prioridade é a volta do crescimento e da criação de emprego e para isso é preciso mudar a política econômica”, afirmou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, ao final do segundo encontro do Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e Previdência Social que reúne representantes dos mais diversos setores, entre centrais sindicais, empresariado, além do governo e Congresso Nacional.

“A agenda do Brasil não é a da Lava-Jato, do impeachment, da reforma da Previdência. Queremos debater medidas, as propostas que temos para acabar com a crise, financiar a retomada do desenvolvimento, a criação de postos de trabalho, a redução da taxa de juro, a ampliação da capacidade do Brasil de competir e crescer economicamente”, reforçou o dirigente.

As centrais foram unânimes em afirmar que a Previdência é um aspecto e não é central. “Não responde às necessidades mais importantes para os trabalhadores: salário, crescimento, emprego”, rebateu Vagner, lembrando que a presidenta Dilma afirmou, em dezembro passado, ver com bons olhos o Compromisso para o Desenvolvimento, documento construído por centrais sindicais, setores do empresariado e movimentos sociais com propostas para a retomada do crescimento do país. “Ao longo das próximas reuniões queremos debater essas propostas para que virem medidas concretas.”

Idade mínima, não – O encontro definiu a criação de um fórum específico para discutir a reforma da Previdência. As propostas que o governo que discutir levam em conta sete itens: Demografia e idade média das aposentadorias; financiamento da previdência social: receitas, renúncias e recuperação de créditos; diferença de regras entre homens e mulheres; pensões por morte; previdência rural (com financiamento e regras de acesso); regimes próprios de previdência e convergência dos sistemas previdenciários.

Vagner Freitas destacou: “Não aceitamos nenhum acordo para retirada de direito dos trabalhadores. Discordamos da intenção de equiparar o período de aposentadoria entre homem e mulher e da discussão sobre a aposentadoria por idade, pois isso vai prejudicar os trabalhadores que entraram no mercado mais cedo”.

Essa também é a posição do Sindicato. “O problema que estamos vivendo hoje não é a Previdência, é a economia, a ausência de crescimento, o desemprego que vem como consequência disso. Essa tem de ser a agenda a ser combatida”, defende a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, lembrando que a Previdência tem uma dívida de cerca de R$ 500 bi que precisa ser cobrada dos sonegadores, que remeteram R$ 500 bilhões ao exterior sem pagar impostos só em 2014.

O ministro do Trabalho e da Previdência Social, Miguel Rossetto, disse que tudo será feito na base de diálogo e consenso. “O governo só vai tirar uma proposta que se adeque aos debates e discussões, além do que for apresentado pelas centrais sindicais.”

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Cláudia Motta - 18/2/2016

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