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BB mantém anotação na GDC por manifestação

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Gestores do CSO 1900 não atendem reivindicação do Sindicato, que organiza reação com protestos e reunião com os prejudicados
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São Paulo – Os gestores do CSO 1900, do Complexo São João do Banco do Brasil, mais uma vez se eximiram da responsabilidade pela anotação na GDC – sistema de avaliação do banco – dos funcionários que desceram do prédio para participar de ato promovido pelo Sindicato, no Dia Nacional de Luta pela jornada de seis horas, em 28 de março.

Eles haviam se comprometido a analisar a reivindicação do Sindicato para que a anotação fosse retirada ou que se acrescentasse a observação de que os bancários estavam participando de uma atividade sindical. Mas, procurados novamente por dirigentes, informaram que o assunto agora estava sob responsabilidade da direção do banco, em Brasília, e qualquer decisão seria tomada por lá.

> Funcionários do Banco do Brasil cobram o CSO 1900

“Vamos encaminhar nosso protesto por meio da Comissão de Empresa e exigir que o banco retire a anotação do GDC desses funcionários. A iniciativa desses gestores foi claramente um ato de retaliação contra os bancários que participaram da manifestação e se configura como prática antissindical”, afirma o diretor do Sindicato Paulo Rangel.

Além de negociar a questão em Brasília, o Sindicato realizará protestos contra a postura intransigente da gerência da CSO 1900. “Vamos convocar os funcionários e realizar atividades em repúdio a essa atitude de desrespeito com os trabalhadores”, anuncia.

Diante dos acontecimentos, o Sindicato convoca os funcionários que foram prejudicados para uma reunião nesta quinta-feira 26, em sua sede (Rua São Bento, 413, Centro, Ed. Martinelli), às 17h30.

Prejuízo – O dirigente explica que a observação na GDC trata da responsabilidade dos trabalhadores com o ponto eletrônico. “Isso é muito negativo. Se o funcionário estiver concorrendo a um cargo ou solicitando uma transferência, esse é o tipo de anotação que pode prejudicá-lo, porque passa a impressão de que o bancário não obedece ao ponto.”

Paulo Rangel também ressalta que a instituição é a primeira a desrespeitar o ponto eletrônico e o horário dos trabalhadores. “Isso acontece, por exemplo, quando são realizadas reuniões fora do expediente, e o que é pior: os funcionários batem o ponto da saída e voltam para a reunião”, denuncia.

Falsas desculpas – Durante a primeira reunião de negociação, no dia 16 de abril, os gestores do CSO 1900 apresentaram uma série de desculpas que não se justificam. Disseram, segundo o dirigente, que não tinham conhecimento da manifestação, quando na verdade o Dia Nacional de Luta havia sido amplamente divulgado nos dias anteriores, tanto no Complexo São João quanto em outras concentrações do banco. “Deixamos informativos sobre a mesa dos bancários, em todos os andares do prédio, inclusive no CSO”, informa Rangel.

Os gestores também alegaram que ao fazer o apontamento na avaliação dos funcionários estavam apenas cumprindo o regulamento. “Isso é absurdo porque o que eles fizeram foi uma anotação falsa. Se estivessem sendo fiéis à realidade dos fatos teriam colocado que os funcionários em questão se ausentaram para participar de um ato de seu sindicato, que é um direito de todo o trabalhador.”

O dirigente destaca ainda que o Dia Nacional de Luta visitou outras concentrações do banco, mas foi apenas no CSO 1900 do Complexo São João que os bancários tiveram problemas.


Andréa Ponte Souza - 25/4/2012

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