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LER/Dort entre principais causas de adoecimento

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Uso de computadores sem pausas para descanso e locais sem condições adequadas de trabalho comprometem saúde dos trabalhadores; 28 de fevereiro é dia internacional de combate à doença
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São Paulo – Desde o ano 2000, 28 de fevereiro marca o Dia Internacional do Combate às Lesões por Esforços Repetitivos (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort). E o problema é muito sério: as LER/Dort são consideradas a segunda maior causa de adoecimento no trabalho, em especial na categoria bancária. Englobam cerca de 30 doenças que acometem homens e mulheres em idade produtiva. Na maioria das vezes, as doenças são provocadas por atividades relacionadas à organização do trabalho, como a repetição de movimentos, fatores psicológicos e sobrecarga física.

“Apesar do crescimento dos casos de transtornos mentais na categoria bancária, as lesões por esforço repetitivo e as osteomusculares ainda afetam grande parte dos trabalhadores que usam computadores com regularidade”, explica o secretário de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato, Dionísio Reis.

Dentre todos os encaminhamentos de bancários feitos pelo Sindicato aos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CRST), em 2015, 33% foram relacionados a LER/Dort; 60% registrados como transtornos mentais e 7% como outros problemas e acidentes.

Emissão de CAT – Para Dionísio, a gravidade do problema faz com que o bancário fique atento aos sinais relacionados à doença e busque prevenção às LER/Dort. Além disso, ele reforça que o Sindicato tem fiscalizado as condições de trabalho e cobrado dos bancos a adaptação dos locais de trabalho para garantir a saúde dos bancários.

A emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) pelo CRST também está resultando em maior reconhecimento dos acidentes de trabalho na Previdência Social.

“Esses são males diretamente relacionados ao trabalho e à exigência acelerada de crescimento da produtividade. O que piora essa situação é que, por medo da discriminação, grande parte dos bancários deixa de tratar esses problemas no início e só vai ao médico quando já não consegue mais trabalhar. Isso não pode acontecer”, finaliza Dionísio.


William De Lucca – 24/2/2016
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