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Sindicato quer solução para problemas no ITM e CAT

Linha fina
Em negociação, Itaú apresenta poucas medidas efetivas para sanar questões que prejudicam a rotina de trabalho nos dois prédios administrativos; nova rodada, sobre plantão, está agendada
Imagem Destaque
São Paulo – Em nova rodada de negociação, o Sindicato cobrou o Itaú sobre uma série de problemas que prejudicam a rotina dos bancários de call center dos prédios administrativos ITM e CAT. Na reunião, realizada na terça-feira 5, o banco apresentou poucas soluções concretas.

Escalas e plantões de atendimento – O Itaú propôs um ciclo de seis semanas no qual o bancário trabalha 2 fins de semanas consecutivos, folga 2 consecutivos e trabalha 2 consecutivos, com possibilidade de troca, respeitando a legislação que impede o trabalho em mais de seis dias consecutivos. Também foi informado que a nova escala só entrará em vigor em junho e as trocas poderão ser feitas a partir de maio, pois depende da contratação de analistas que ficarão responsáveis pelas alterações.

“Essa proposta não é viável, pois ao iniciar um novo ciclo, poderão ocorrer dois plantões consecutivos e, somado com o ciclo anterior, os bancários terão de trabalhar quatro finais de semana consecutivos”, critica o dirigente sindical Antônio Soares, o Tonhão.

O movimento sindical reivindica um ciclo de quatro semanas, no qual o bancário trabalhe 2 fins de semana e tenha 2 fins de semanas livres, com a possibilidade de troca ou doação e um limite 3 plantões ao mês, em respeito a legislação, e como era a escala anteriormente de todos os bancários da DCA.

Uma nova reunião foi agendada para a quinta-feira 14, no ITM, quando a equipe do planejamento, fará apresentação do modelo de escala trimestral de plantões.

Aderência e metas de atendimento – O movimento sindical reivindicou que todas as pausas toaletes, feedbacks, reuniões e problemas sistêmicos não impactem na aderência seca do operador. E que todas as metas das centrais PJ e PF sejam iguais, ou seja, para um resultado N3, aderência de 86% e N5, aderência de 90%.

O banco alegou que não tem como implantar essa alteração e que na meta atual um resultado N5 já leva em conta duas pausas de 15 minutos, e dentro da aderência, mais 20 minutos livres, e que por isso não há necessidade de mudanças.

“Nós contestamos e afirmamos que operador tem uma jornada de trabalho de 5h30, mais dois intervalos de 15 minutos. Os vinte minutos de pausa informados não são de conhecimento dos operadores, pois se fizerem uma pausa toalete de 5 minutos, já não conseguem alcançar o resultado N5. Além disso são cobrados constantemente pelo tempo disponível para atendimento”, acrescenta Tonhão.

O dirigente acrescenta que coincidentemente após a reunião, bancários denunciaram que em uma das centrais PF a aderência aumentou em 4% e os operadores estão sendo cobrados em suas metas por faltas justificadas, alegando que são permitidas apenas 5 no ano.

“Solicitamos também que os problemas sistêmicos, feedbacks, reuniões e pausa ambulatório não sejam computados nas metas. O banco afirmou que isso já ocorre. Questionamos que isso não é abonado na meta dos operadores", afirma Tonhão. O banco se comprometeu a verificar e dar retorno a esses questionamentos.

Mesa Limpa –  O Sindicato reivindicou que os bancários possam armazenar remédios e objetos de higiene pessoal debaixo das suas mesas e que os operadores com deficiência possam guardar ali todos os seus pertences.

O banco afirmou que para os PCDs está permitido. Quanto aos demais operadores, se mostrou intransigente: não será permitido nenhum pertence na mesa além de garrafa de água e headseat, Folha Bancária e materiais do Sindicato. Também informou que estão sendo providenciadas mudanças dos armários para evitar perda de tempo e consequente impacto na aderência dos operadores.

“Questionamos, mas o banco insiste em não autorizar”, critica o dirigente sindical Sérgio Lopes, o Serginho.  “Também reclamamos de furtos que ocorreram nos armários do CAT e de um responsável pelo mesa limpa que impede o armazenamento de pertences pessoais fora do horário de trabalho. Isso é inadmissível", afirma.

O banco informou que serão instaladas câmeras a fim de evitar furtos; afirmou que o responsável pelo mesa limpa será reorientado e reforçou que os armários podem armazenar pertences fora da jornada de trabalho.

Terceirização – O Sindicato pleiteou que sejam informadas com antecedência as áreas que serão terceirizadas, a quantidade de trabalhadores envolvidas e para quais setores esses bancários afetados serão realocados. O banco se negou a divulgar essas informações com antecedência e se comprometeu a não demitir os trabalhadores cujos departamentos forem terceirizados.

“Reforçamos que somos contra a terceirização, mas essas informações são importantes para o Sindicato a fim de esclarecer as dúvidas dos envolvidos”, ressalta Serginho.

Outras reivindicações – Os representantes dos trabalhadores cobraram reembolso dos valores gastos com a certificação de CPA10, CPA20 e CEA, necessárias para algumas áreas para onde os bancários estão sendo realocados.

O banco disse que serão ressarcidos todos aqueles que foram aprovados em 2015 e 2016 e se comprometeu a enviar comunicado com os procedimentos para solicitação dos reembolsos.

Devido a proibição do uso de celulares nas PAs por determinação da inspetoria do banco, também foi reivindicada a implantação de um meio de comunicação para que os operadores possam ser contatados

O banco informou que será implantada uma central na qual uma equipe ficará responsável por receber o contato externo – por meio de telefone fixo, celular ou Whatsapp – e repassar o recado, via e-mail, ao operador. Em caso de urgência a mensagem será transmitida pessoalmente. Imãs de geladeira com os números da central serão confeccionados e distribuídos aos operadores.


Redação – 8/4/2016
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